Ex-técnico relembra estreia de Rivellino no Flu diante do Corinthians - Gazeta Esportiva
Ex-técnico relembra estreia de Rivellino no Flu diante do Corinthians

Ex-técnico relembra estreia de Rivellino no Flu diante do Corinthians

Gazeta Esportiva

Por Juliana Arreguy, especial para a GE.Net

29/08/2015 às 11:00 • Atualizado: 29/08/2015 às 11:54

São Paulo, SP

Roberto Rivellino fez história pelo Corinthians e pelo Fluminense (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Roberto Rivellino fez história pelo Corinthians e pelo Fluminense (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


A estreia de Rivellino pelo Fluminense, em 1975, foi icônica. Diante do Corinthians, clube que havia acabado de deixar após uma derrota para o Palmeiras na final do Campeonato Paulista de 74, o craque anotou três gols e atropelou o ex-clube pelo placar de 4 a 1. Então técnico do Tricolor, Paulo Emílio Frossard ficou assustado com a qualidade do jogador.

“Chegou no Rio e logo de saída fez três gols contra o Corinthians. Foi num sábado de carnaval a estreia dele. Foi 4 a 1 para o Fluminense, e ele fez três gols. Depois fomos campeões da Taça Guanabara, em 75. O primeiro ano da Máquina (Tricolor) foi comigo”, disse o ex-treinador.

A equipe montada por Paulo Emílio foi bicampeã carioca em 1975-1976. Na temporada de 75, o time carioca enfrentou o Bayern de Munique em um amistoso. Os rivais mantinham a base da seleção alemã de 74 e foram derrotados pelo Flu por 1 a 0. No entanto, Frossard só dirigiu a 'Máquina Tricolor' até meados de 1975, sendo substituído por Carlos Alberto Parreira.

Em 1976, o presidente Francisco Horta remodelou a equipe cuja base tinha sido montada por Paulo Emílio. Depois de Parreira, Mário Travaglini e Jair Rosa Pinto ocuparam o cargo para darem sequência ao retrospecto positivo da equipe, ao menos em âmbito estadual.

Presente no lançamento da biografia de Rivellino, escrita pelo jornalista Maurício Noriega, na noite da última sexta-feira, o ex-técnico mostrou disposição para retornar ao futebol na diretoria de algum clube. Para Paulo Emílio, faltam pessoas envolvidas diretamente com o futebol no dia a dia das equipes, fator que tem piorado o trabalho realizado dentro de campo.

“Acho que é uma deficiência muito grande do futebol brasileiro. O treinador fica sem amparo, sem assessoria de quem já viveu nas quatro linhas. É importante ele ter um diretor que já teve uma vivência boa nisso. E no meu caso foram 18 títulos de campeão”, afirmou Frossard, que citou a Seleção Brasileira campeã em 1958 como exemplo.

“Ninguém está respeitando a historia. É como diz o Tostão: ‘Quem não conhece o passado não entende bem o presente’. As comissões técnicas eram formadas por gente com vivência dentro das quatro linhas no futebol. Em 58 eram três treinadores na Seleção Brasileira. O Zizinho disse que o Carlos Nascimento foi um dos melhores treinadores que ele teve na carreira. Teve o Vicente Feola, o próprio Paulo Amaral (preparador físico)... Quase todo mundo que trabalhava na Seleção era egresso das quatro linhas”, lembrou o ex-treinador.

“O problema do futebol é quando colocam muitos aventureiros que querem aparecer mais e saber mais que os outros. Aí é um problema sério”, concluiu Paulo Emílio.

Time do Fluminense em 1976. Em pé (da esquerda para direita):  Renato, Pintinho, Carlos Alberto Torres, Edinho, Rubens e Rodrigues Neto - Agachados: Gil, Cléber, Doval, Rivelino e Dirceu (Foto: Acervo/Gazeta Press)
Time do Fluminense em 1976. Em pé (da esquerda para direita): Renato, Pintinho, Carlos Alberto Torres, Edinho, Rubens e Rodrigues Neto - Agachados: Gil, Cléber, Doval, Rivelino e Dirceu (Foto: Acervo/Gazeta Press)

Conteúdo Patrocinado