Um dia após Modesto Roma Júnior, presidente do Santos, dizer que o Tianjin Quanjin, clube chinês comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, havia assediado Geuvânio e entrado em um acordo com o jogador sem consultar o Peixe, o Alvinegro divulgou uma nota oficial dizendo que desconhece o interesse asiático e que só têm informações do caso pela imprensa.
“O Santos Futebol Clube informa que ficou sabendo por meio dos veículos de comunicação que o atleta Geuvânio teria recebido proposta para atuar no futebol do exterior. Os dirigentes do Alvinegro ressaltam que receberam a informação de assédio ao atacante, que tem contrato com o Santos Futebol Clube até dezembro de 2017. Desta forma, o Clube aguarda propostas oficiais pelo atleta que, caso cheguem, serão analisadas pelo Comitê de Gestão e pelo Conselho Fiscal, este órgão independente do Conselho Deliberativo”, diz o breve texto divulgado pelo Peixe.
CONTRADIÇÃO - A nota emitida no site oficial do Santos, no entanto, não bate com as declarações de Modesto Roma Júnior à Rádio Globo na noite da última quinta-feira. No caso, o mandatário santista havia afirmado que os chineses já haviam entrado em acordo com o jogador.
“Esse assédio realmente é desgastante. Muito ruim fazerem proposta ao jogador. Se pagarem a multa rescisória, tudo bem, mas não chegou nenhuma proposta nem perto de 30 milhões de euros. Eles têm de resolver os problemas deles e quanto vão pagar ao Santos. Eles precisam chegar aos valores. Já há um acerto do time com o Geuvânio”, disse Modesto.
As informações a respeito do valor envolvido na negociação são muito difusas. Nos bastidores, fala-se que a oferta do Tianjin Quanjin foi de 11 milhões de euros (cerca de R$ 48 milhões) e não agradou ao Peixe, que tem apenas 35% dos direitos econômicos de Geuvânio. Já o site QQSports afirma que a proposta serie de R$ 131 milhões. Especula-se que, qualquer valor acima de 20 milhões de euros (cerca de R$ 86 milhões) seria aceito pelo Peixe. Mas, por enquanto, o clube garante que não recebeu nada de forma oficial.
O restante dos direitos de Geuvânio estão divididos entre Doyen Sports (35%) e empresários do atleta (30%). A multa contratual do atacante é 50 milhões de euros (por volta de R$ 217 milhões).
