O contestado Kazim está confirmado na vaga de Jô, que sofreu contratura muscular na panturrilha esquerda e ficará cerca de dez dias em recuperação, na formação titular do Corinthians contra o Cruzeiro, no domingo, no Mineirão. Caso precise substituir o centroavante inglês naturalizado turco durante a partida, no entanto, o técnico Fábio Carille não deverá recorrer a um jogador da posição.
“Estou levando o Carlinhos para o jogo, mas posso fazer o time jogar sem um camisa 9”, avisou o comandante, nesta sexta-feira, citando o outro centroavante de ofício que tem no seu elenco. Destaque do Corinthians na conquista da última Copa São Paulo de Juniores, o novato de 20 anos só recebeu uma oportunidade como profissional até então, na derrota por 1 a 0 para o Atlético-GO, jogo que ficou marcado pela irritação de torcedores com a má atuação de Kazim em Itaquera.
“Não sinto isso (vontade de que Carlinhos, e não Kazim, substitua Jô) do lado de fora. É mais por parte da imprensa. O Kazim é um cara que vem a campo e trabalha, então, demorando mais ou menos, vai dar uma resposta. Na Argentina, contra o Racing, ficamos muito tempo esperando o avião, e vários torcedores vieram falar para eu não desistir de nenhum jogador”, argumentou Carille.
O técnico também não desistiu de Carlinhos, embora ressalve que o prata da casa “sofreu várias lesões neste ano” – a última delas uma entorse no tornozelo. Portanto, caso haja necessidade de substituir Kazim diante do Coritiba, a tendência é de que Carille recorra a um dos seus meias reservas.
“No ano passado, contra o Botafogo, coloquei o Marquinhos Gabriel solto no ataque e fizemos um segundo tempo muito bom, ganhando por 3 a 1. Hoje, falei com o Marquinhos e também com o Clayson, que já fez muito essa função na Ponte Preta. Assim, ganharíamos mais mobilidade e lances individuais na segunda linha adversária”, argumentou Carille.
O técnico espera, contudo, não precisar sacar Kazim. Ele confia que o autoapelidado Gringo da Favela, autor de dois gols em 24 jogos como corintiano, calará os seus críticos no domingo. “O Jô não deu espaço para o Kazim. Foi uma participação muito pequena até agora, sem ritmo de jogo. Estamos passando confiança para ele, deixando as coisas bem definidas para que entre em campo e faça o seu melhor. Não queremos trazer a responsabilidade de ter que fazer o gol. Isso deve ser algo natural”, apoiou Fábio Carille.
