"Após os acontecimentos registrados na tarde deste sábado, não há relatos de pessoas mortas, 22 pessoas feridas, duas delas em estado grave", anunciou a Proteção Civil do estado de Querétaro horas depois da suspensão da partida no estádio "La Corregidora".
A pancadaria nas arquibancadas entre as duas torcidas começou aos 18 minutos do segundo tempo, quando o Atlas vencia o Querétaro por 1 a 0.
Sem condições de impedir a briga, os poucos funcionários de segurança no estádio liberaram o acesso ao gramado para que as pessoas conseguissem alguma proteção.
Com a invasão, o jogo foi suspenso e os jogadores correram para os vestiários. O gramado começou a ficar lotado: algumas pessoas, incluindo famílias com crianças, buscavam um local seguro, enquanto outros torcedores levaram a violência para o campo.
O equipamento do VAR do estádio foi destruído.
A Liga MX (primeira divisão mexicana) anunciou a suspensão da partida e dos jogos que estavam programados para domingo. Também prometeu punição severa para aos responsáveis pela falta de segurança no estádio.
Os dois clubes condenaram a violência e exigiram uma investigação.
O governador de Querétaro, Mauricio Kuri, afirmou que a "empresa proprietária do clube local e as instituições terão que responder pelos fatos".
"O balanço desses eventos no momento é o seguinte: 26 pessoas que necessitaram de atendimento médico hospitalar, 24 são homens e 2 mulheres. Desses 26, três já receberam alta, dos 23 ainda internados, três estão em estado grave, 10 delicado e os 10 restantes sem gravidade", afirmou o político em entrevista coletiva.
"É uma tragédia porque, embora não haja mortes, não podemos dizer que não é uma tragédia e não podemos permitir que se politize", completou.