Após quatro recusas, Roger chega ao Palmeiras prometendo títulos - Gazeta Esportiva
Após quatro recusas, Roger chega ao Palmeiras prometendo títulos

Após quatro recusas, Roger chega ao Palmeiras prometendo títulos

Gazeta Esportiva

Por Bruno Calió

29/11/2017 às 13:31 • Atualizado: 29/11/2017 às 15:32

São Paulo, SP

Empolgado e ambicioso. Assim Roger Machado se mostrou em sua apresentação oficial no Palmeiras, nesta quarta-feira, na Academia de Futebol. O treinador da equipe para 2018, contratado na semana passada, contou sobre as recusas que fez como atleta e técnico ao Verdão anteriormente e prometeu briga por títulos.

"O Palmeiras sempre vai brigar por títulos. A construção de uma equipe vitoriosa passa por ter jogadores de qualidade. Hoje, temos 90% do elenco formado. As prospecções serão da qualidade dos que estão aqui, para que a gente consiga cumprir a maratona de jogos no ano que vem. Objetivo é sempre levar o nome do Palmeiras ao ponto mais alto possível. Começamos o planejamento cedo, definindo pré-temporada, grupo de trabalho, jogadores que voltam de empréstimo, para que em janeiro a gente consiga iniciar essa preparação e, já no primeiro jogo, a gente consiga mostrar o porquê da contratação desses jogadores e da escolha do meu nome como treinador”, afirmou o comandante.




Roger foi lateral-esquerdo de destaque do Grêmio nos anos 90 e o Palmeiras tentou sua contratação em 1995. Posteriormente, o camisa 6 foi alvo do Verdão em 2008, quando Vanderlei Luxemburgo comandou a equipe que tinha o investimento da Traffic.

"Estava comentando nos bastidores sobre a primeira manifestação do Palmeiras em me contratar como jogador. Depois de um Palmeiras x Grêmio, o Roberto Carlos (lateral-esquerdo do Verdão) estava se transferindo para o Real Madrid e me disse no intervalo que me indicou como substituto no clube. Lembro que fiquei orgulhoso no momento, ele era um jogador que estava despontando na Seleção Brasileira, e pelo clube ter interesse. Depois, voltando de uma tentativa nos Estados Unidos, o Palmeiras fez contato comigo novamente. Acho que foi o Vanderlei o treinador. O Toninho Cecílio era o diretor de futebol à época (2008). Já tinha decidido encerrar a carreira pelas lesões. Disse ao Toninho que seria um prazer imenso, mas não poderia ajudar, porque estava encerrando a carreira em função das lesões, das hérnias. Ele tentou me fazer mudar de ideia, que eu fosse avaliado pelos médicos. Mas eu não estava pronto para jogar, e o Palmeiras precisava de alguém imediatamente. Houve outras tentativas no meio do caminho", afirmou.

Recusas também aconteceram como técnico


Como treinador, Roger já foi favorito a assumir o Palmeiras em outras duas oportunidades. No início deste ano, quando Cuca deixou o Verdão após a conquista do Campeonato Brasileiro, o treinador foi procurado, mas já havia chego a um acordo com o Atlético-MG. Assim, o Palestra optou pela contratação de Eduardo Baptista.

Ainda em 2017, após seu retorno ao Palmeiras, Cuca chegou a balançar no cargo com as eliminações na Copa Libertadores da América e Copa do Brasil. Na ocasião, Roger foi novamente procurado pelo Verdão, mas seu staff informou que o treinador assumiria uma equipe apenas no início da próxima temporada.


"Importante que eu diga que a decisão de tentar iniciar um trabalho por ano é uma decisão de plano de carreira. Entender que eu preciso, depois de um trabalho feito, reavaliar, colocar na balança, continuar estudando, continuar evoluindo. Eu me sinto preparado, mas pronto... A gente vai constantemente buscando conhecimento, evoluindo. Meu último compromisso (no Atlético-MG) foi uma temporada de sete meses muito boa, com título mineiro. Minha saída ocorreu antes de um segundo jogo da Copa do Brasil, entre a disputa do Brasileiro... Não vejo problema, dentro da decisão de permanecer parado, ouvir os clubes e as perspectivas para os próximos anos, por isso minha decisão de permanecer até de certo modo em silêncio, podendo absorver conhecimentos, trocar informações. Para voltar melhor. Não pronto, mas melhor preparado", explicou.



Mesmo assim, a princípio, Abel Braga era o nome considerado ideal pela cúpula alviverde para assumir o clube. No entanto, a pedido da família, o treinador optou pelo acerto com o Internacional, que também procurava um treinador para a próxima temporada após a demissão de Guto Ferreira e o retorno à Série A do Campeonato Brasileiro. Parte da torcida alviverde se manifestou a favor da contratação do ex-comandante colorado, justamente pela experiência negativa no início de 2017, quando Eduardo Baptista assumiu o clube sendo um treinador ainda com pouca experiência, foi muito pressionado e não resistiu no cargo.


"Os insucessos não estão ligados exclusivamente pela pouca ou muita experiência, por ser estudioso ou não, por ser da velha ou nova geração. Tem que contextualizar para ter avaliação definitiva. Somos profissionais jovens, porém diferentes. Princípios muito parecidos, mas cada um com sua forma de trabalhar. Vou fazer o que sempre procuro fazer nos times: ter uma equipe equilibrada", concluiu.

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