Andrés admite que Lava Jato atrapalha negociação por naming rights
Por Redação
25/10/2016 às 14:57
São Paulo, SP
“Incomoda, dificulta, pois todas as obras da construtora estão sendo questionadas. Mas temos uma auditoria para ver a parte financeira e tudo que tem no estádio. Quando acabar, saberemos o que tem de certo e errado, mas é óbvio que a Lava Jato atrapalha, porque ficam falando a toda hora que a arena vai entrar nisso”, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Assim como esclareceu ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, em outubro, Andrés Sanchez fez questão de negar qualquer tipo de envolvimento de Lula na construção do estádio. Segundo o responsável pela arena corintiana, o ex-presidente da república apenas recomendou que o estádio deveria ser construído em Itaquera para desenvolver a zona leste de São Paulo.
Questionado sobre as possibilidades do Corinthians, enfim, anunciar os naming rights para sua casa, Andrés Sanchez sinalizou certo arrependimento de ter insistido em um alto valor nas negociações, mas adiantou que em meio à crise que o Brasil enfrenta, o acordo pode ser fechado, desta vez, por cifras mais modestas. “Sei lá, se chegarem com uns R$ 300 milhões ou R$ 200 milhões, eu aceito. O que pagarem a gente fecha”.
“O estádio custou R$ 985 milhões e tem mais R$ 40 milhões ou R$ 50 milhões que faltam para terminar a construção. Temos R$ 500 milhões do CID (Certificado de Incentivo ao Desenvolvimento), que foi questionado na Justiça, mas vencemos na primeira instância e a segunda será decidida em breve. Já vendemos uma parte e não conseguimos vender mais por causa dessa briga judicial, pois os interessados pedem desconto de 30% e não aceitamos. Os naming rights estão atrasados por mil razões. Pegando esses valores, você tem 70% do estádio pago. Camarote, a gente imaginava vender mais rápido, mas não esperávamos essa crise no Brasil”, finalizou.