Conversa em "pelada" de fim de ano iniciou tratativa para volta de Sheik
Por Tomás Rosolino
17/01/2018 às 06:37
São Paulo, SP
Uma conversa informal em um jogo beneficente nas férias dos jogadores de futebol normalmente aborda temas pouco relevantes, mas foi exatamente em uma delas que o Corinthians começou a acertar a chegada de um dos seus reforços para este final do ano. Mais especificamente, para o retorno do atacante Emerson Sheik, anunciado pelo clube na segunda-feira.
"Eu fui num jogo em Mangaratiba-RJ, lá o Emerson manifestou o desejo de encerrar a carreira aqui. Eu gostei da ideia, precisava ouvir o lado diretivo, fizemos muitas reuniões, em todas as reuniões o Emerson foi pauta. Aí a diretoria fez o acerto com ele", explicou o treinador, assegurando ter sido consultado a respeito da negociação pela cúpula alvinegra.
"Queria lembrar a todos que nenhum atleta chega ao departamento de futebol sem a anuência técnica da comissão. Nesses dez anos em que eu estou aqui, nada é inserido goela abaixo a nenhum treinador", comentou o gerente de futebol Alessandro, rapidamente notificado após o papo entre Carille e Sheik.
A conversa se deu no dia 21 de dezembro, em jogo promovido pelo próprio atacante. Na ocasião, ele até chegou a dizer que tinha algumas coisas programadas para 2018, inclusive uma conversa para reforçar um time grande. Nada, porém, indicava um acerto com o Timão.
"Nunca escondi minha amizade com o Emerson, Ralf, Paulinho, Renato Augusto. A conversa foi lá, gostei da ideia, discutimos sobre isso desde o dia 3", continuou Carille, que já havia demonstrado incômodo em 2017 ao tentar dissociar sua relação pessoal com Sheik da profissional.
A relação entre ele e Carille, porém, sempre foi boa. Auxiliar do clube durante toda a passagem de Sheik, o atual treinador frequentemente demonstra agradecimento pelo herói da Libertadores ter visitado a inauguração da sua instituição em Sertãozinho (SP). Em campo, porém, ainda não sabe como utilizará o agora representante do seu elenco.
"Um pouco cedo para falar ainda, vamos ver como o time vai se comportar nesses primeiros jogos. Posso deixar ele num lado em que o adversário não ataque muito, um 2-3-1 mais perto do atacante. Vamos ver, acho que segunda-feira dá para saber quando poderemos contar com ele", concluiu.