Com sete horas de depoimentos, TJD faz inquéritos sobre a final do Paulistão - Gazeta Esportiva
Com sete horas de depoimentos, TJD faz inquéritos sobre a final do Paulistão

Com sete horas de depoimentos, TJD faz inquéritos sobre a final do Paulistão

Gazeta Esportiva

Por Redação

17/04/2018 às 23:13 • Atualizado: 17/04/2018 às 23:17

São Paulo, SP

Sete horas. Esse foi o tempo que durou o inquérito do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) nesta terça-feira, sobre as polêmicas da final do Campeonato Paulista entre Palmeiras x Corinthians, no Allianz Parque, que deu o 29º título estadual ao Timão após disputa de pênaltis.

Palmeiras e Federação Paulista de Futebol têm até meio-dia de quinta-feira para acrescentarem novas imagens aos autos se tiverem interesse. Na segunda-feira, o auditor Marcelo Augusto Godim Monteiro apresentará um relatório do caso a ser avaliado pela procuradora Priscila Carneiro de Oliveira, que poderá ou não oferecer a denúncia.

O Verdão reclama de interferência externa na arbitragem de Marcelo Aparecido de Souza, que assinalou pênalti de Ralf em Dudu no segundo tempo do Derby, e após mais de oito minutos de confusão, voltou atrás na marcação. O clube, inclusive, divulgou imagens em que alega estar comprovada a interferência de Dionísio Roberto Domingos, diretor de arbitragem da FPF.

Os convocados a prestar esclarecimentos foram mantidos separados para que não influenciassem os depoimentos. Assim, foram ouvidos o delegado da partida (Agnaldo Vieira), primeiro assistente (Anderson Jose de Moraes Coelho), segundo assistente (Daniel Paulo Ziolli), o assistente adicional (Alberto Poletto Masseira), o quarto árbitro (Adriano de Assis Miranda), o árbitro (Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza) e o diretor de arbitragem (Dionísio Roberto Domingos).




Todos negaram qualquer interferência externa na arbitragem. Dionísio, maior alvo de reclamação dos palestrinos, disse ainda que entrou em campo apenas para observar a confusão e não se manifestou sobre o pênalti em nenhum momento. Ele admitiu que tinha um aparelho que poderia obter informações de fora, mas disse que este estava desligado.

Já Marcelo Aparecido atestou que, no momento do lance, teve certeza da penalidade e por isso a marcou. No entanto, preferiu “confiar na informação” do quarto árbitro, que no seu entender, teria “uma visão privilegiada do lance”. Este estava na frente do banco de reservas.

O depoimento do quarto árbitro, inclusive, foi marcado por contradições. Adriano de Assis Miranda afirmou que o diretor de arbitragem da FPF (Dionísio) esteve nas reuniões pré-final no hotel que hospedou os árbitros na véspera da partida. Depois, voltou atrás.

Em outro momento, disse que Dionísio era um dos tutores da partida, mas se corrigiu em seguida, atribuindo a função a José Henrique de Carvalho. Além disso, disse que o palmeirense Dudu teria atirado uma bola em sua direção, mas quando questionado porque não relatou o caso na súmula, voltou atrás e afirmou que não houve nenhum desrespeito.

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