Capivariano critica súmula e sindicato admite que PM deveria ser citada - Gazeta Esportiva
Capivariano critica súmula e sindicato admite que PM deveria ser citada

Capivariano critica súmula e sindicato admite que PM deveria ser citada

Gazeta Esportiva

Por Theo Chacon*

01/03/2016 às 13:37 • Atualizado: 01/03/2016 às 13:47

São Paulo, SP

 Briga nos vestiários do Novelli Jr. ainda está sendo investigada pelos responsáveis (Foto:Reprodução/EPTV)
Briga nos vestiários do Novelli Jr. ainda está sendo investigada pelos responsáveis (Foto:Reprodução/EPTV)


Cerca de 48 horas após a confusão nos vestiários do estádio Novelli Jr., em Itu (SP), o caso envolvendo membros do Capivariano e da Polícia Militar da cidade ainda segue pendente de maiores explicações.

Ainda tentando buscar justificativas para o ato violento, o clube do interior não se vê respaldado nem pela súmula – que sequer citou a participação dos membros do 50º Batalhão de Polícia Militar na confusão.

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O documento produzido pelo árbitro Luiz Flávio de Oliveira dá conta de que o regimento da PM agiu de forma “proporcional” à ação, sendo, assim, isentado de qualquer uso desmedido de força, como foi apontado pelos membros do Capivariano - agredidos com cassetetes e escudos em ação filmada em rede nacional pela imprensa.

Descontente com as resoluções até então, a assessoria confessa que já acionou o jurídico do clube para dar entrada no inquérito policial. “A gente não foi ouvido ainda. Como a gente abre um B.O de agressão, que foi em rede nacional, e o delegado não quer dar continuidade? Tem alguma coisa errada”, admitiu o assessor Lucas Oliveira, disparando contra o que foi colocado em súmula.

“Foi um despreparo total. Força moderada para que? Para uma rebelião na Febem, não para quem está trabalhando. Estava ali para pegar meu documento e acabei sendo envolvido. Não sei como podem falar que foi força proporcional se eu estava apanhando já no chão”, disse o assessor, que diz ter sido alvo de três pancadas na cabeça com o cassetete.

Além do assessor de imprensa, o supervisor do clube, Denis Conselvan, fraturou um dos dedos da mão direita; o zagueiro Leandro Silva ficou com hematomas no rosto após as pancadas e tanto o gerente de futebol, Evandro de Souza, quanto o preparador de goleiros, Ubiratan Melo, foram feridos nos braços, pernas e costas. O roupeiro também sofreu escoriações.

De acordo com o que foi relatado pelo clube à Gazeta Esportiva nesta terça, os envolvidos – pelo lado do Capivariano – foram conduzidos ao distrito policial e tiveram que aguardar atendimento do lado de fora. O delegado responsável pelo caso, segundo o clube, não deu sequência ao registro da ocorrência.

Em contato telefônico com a reportagem, o presidente do Sindicato de Árbitros (Safesp), Arthur Alves Júnior, admitiu que os policiais envolvidos na ação poderiam ter sido citados no documento. No entanto, ainda podem ser contemplados, e sua ação, julgada pela corregedoria da Polícia Militar.

“Ele (Luiz Flávio de Oliveira) poderia ter constado o nome do comandante do Batalhão que ficou responsável pela segurança da partida. Isso pode aparecer ainda no relatório do delegado da partida, que é um documento diferente da súmula”, observou.

Sem ter divulgado um pronunciamento oficial desde o ocorrido, o 50º Batalhão da Polícia Militar de Itu (SP) não correspondeu aos pedidos da reportagem nesta terça. O Ituano, por sua vez, fez questão de se isentar de qualquer responsabilidade sobre o ocorrido na frente criminal. A respeito de possíveis sanções esportivas, a assessoria do clube também preferiu se resguardar.

*especial para Gazeta Esportiva

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