Valencia suporta pressão do Barça e fica com o título da Copa do Rei
Por Redação
25/05/2019 às 17:55 • Atualizado: 25/05/2019 às 18:29
São Paulo, SP
O título tem um valor imenso para os valencianistas, que não faturavam um troféu há 11 anos e desencantam bem no ano de centenário. Este é o oitava conquista do clube na história da competição e, ademais, também coroa o bom trabalho realizado pelo técnico Marcelino García Toral à frente da equipe. O Barça, por outro lado, perde a chance de conquistar sua quinta copa consecutiva e a de número 31 na história.
Armadilha valencianista
O Barcelona começou a partida dominando completamente a posse de bola, forçando o Valencia a se encolher no campo de defesa. Apesar do controle, os catalães não conseguiam imprimir um bom volume de jogo e tinham muitas dificuldades para finalizar. Os valencianistas pareciam acuados, mas não demoraram muito a mostrar que estavam ligados no jogo.
A primeira chance de perigo aconteceu aos cinco minutos, Lenglet saiu jogando errado e deu um presente para Rodrigo. O hispano-brasileiro saiu na cara do gol, driblou Cillessen e só não fez o gol porque Piqué apareceu para salvar o Barça. Impressionante recuperação do zagueiro no lance, tirando a bola em cima da linha.
Mesmo com o susto, os grenás continuaram mantendo a posse de bola. Com pouco espaço para jogar e sempre acompanhado de perto pelos marcadores, Messi tinha grandes dificuldades para aparecer.
E na primeira vez em que a equipe valencianista segurou a bola no campo de ataque, saiu o primeiro gol do jogo. Aos 20 minutos, Gayá recebeu lançamento perfeito de Gabriel Paulista e, pela direita, deu ótimo passe para Gameiro no meio. Na entrada da área, o atacante dominou, limpou Alba e bateu firme, no alto, sem chances para Cillessen.
O Valencia cresceu na partida. Era muito mais consistente em campo e fez por merecer o segundo gol, que não demorou a sair. Aos 32, ótimo passe de Coquelin para Soler pela direita, nas costas de Jordi Alba. O meia arrancou com a bola, chegou na linha de fundo e cruzou na cabeça de Rodrigo, que só escorou para dentro: 2 a 0.
Antes do intervalo, ainda deu tempo de uma defesa brilhante por parte de Domenech. Com uma mão só, o goleiro caiu no canto esquerdo e espalmou belo chute de Messi da entrada da área.
Barça reage, mas Valencia segura o título
A etapa final começou com mais um susto do Barcelona. Gonçalo Guedes fez boa jogada individual, tabelou com Gameiro e arriscou chute cruzado, de fora da área. A bola passou com muito perigo, mas saiu à esquerda da meta.
A resposta do Barça veio com 10 rodados. Jogada espetacular de Messi, que tabelou com Malcom pela direita, costurou a defesa valencianista, invadiu a área e tocou com categoria. A bola carimbou a trave e, no rebote, Vidal mandou por cima.
O Barça melhorou em campo e passou a sufocar o Valencia, que já não se dava tanto trabalho para buscar contra-ataques.
Aos 25, Malcom carregou pela direita e serviu Piqué dentro da área. O zagueiro, na função de centroavante, bateu de primeira e viu a bola passar raspando a trave de Domenech.
Com 27 rodados, a pressão surtiu efeito e o Barça deu mais emoção ainda ao duelo. Após cobrança de escanteio pela direita, Lenglet cabeceou no chão e Domenech fez a defesa. No rebote, porém, Messi apareceu para empurrar para dentro e diminuir o placar: 2 a 1.
Depois do gol, o Valencia se fechou atrás e diminuiu os espaços do Barça, que passou a insistir ainda mais em cruzamentos pelo alto. Na ausência de Luis Suárez, porém, faltou alguém para escorar para dentro. Piqué passou a exercer a função de centroavante.
Nos acréscimos, Gonçalo Guedes teve duas oportunidades claríssimas de fazer o terceiro gol do Valencia e confirmar o título. O português, contudo, perdeu as duas.
Na primeira, o atacante arrancou completamente sozinho em contra-ataque e saiu cara a cara com Cillessen. O chute, porém, saiu torto, para fora. Na sequência, o português teve outra chance em contra-golpe. Como Cillessen havia ido para a área, o gol estava vazio, mas Guedes, da intermediária, conseguiu jogar por cima.