Cinco expulsões, gol de André e Sport na final da Copa do Nordeste - Gazeta Esportiva
Cinco expulsões, gol de André e Sport na final da Copa do Nordeste

Cinco expulsões, gol de André e Sport na final da Copa do Nordeste

Gazeta Esportiva

Por Redação

03/05/2017 às 23:55 • Atualizado: 04/05/2017 às 00:01

São Paulo, SP

Desde 11 de março André não sentia o prazer de marcar um gol. Foram 11 jogos de jejum e uma cobrança diária, tanto pessoal quanto dos torcedores. Nessa quarta, porém, o centroavante não só desencantou como também garantiu o Sport Recife na grande final da Copa do Nordeste depois da equipe ser derrotada na Ilha do Retiro por 2 a 1. Do seu pé saiu o gol que confirmou a vitória do Leão por 2 a 0 sobre o Santa Cruz, no estádio do Arruda, em um clássico marcado por muita confusão e destempero dos atletas.


Foram nada menos do que três jogadores expulsos do lado tricolor e dois cartões vermelhos para rubro-negros. Um deles para Rithely, que também havia levado um amarelo mais cedo e, por isso, está fora dos dois jogos contra o Bahia, que vão definir o campeão. Diego Souza precisou ser substituído aos 15 minutos do clássico e também se tornou dúvida.


As partidas estão marcadas para acontecer dias 17 e 24 de maio, com a vantagem dos baianos por decidir em casa, na Fonte Nova. Antes, tanto Sport quanto Bahia têm compromissos pelos Estaduais, já que ambos chegaram às finais das duas competições.



André não marcava há 11 jogos, desde 11 de março, mas foi o responsável por colocar o Sport na final (Foto: Williams Aguiar/SCR)


O jogo

Com a necessidade de ter de correr atrás do prejuízo, o Sport entrou em campo determinado a ignorar o fato de ser visitante nessa quarta para surpreender o Santa Cruz mais do que acabou sendo surpreendido dentro do seu território. Por isso, assim que soou o apito inicial, a equipe de Ney Franco se lançou ao ataque. O Santa, por outro lado, com a vantagem embaixo dos braços, saia apenas “na boa”.


Depois de uma fase de estudos, o primeiro grande lance do clássico acabou sendo protagonizado por Diego Souza, mas não por uma jogada de efeito do craque rubro-negro. Aparentemente, o jogador sentiu uma lesão e precisou ser substituído ainda aos 15 minutos. O fato não passou despercebido pela torcida tricolor, que provocou: “Uh, é pipoqueiro”.


O que ninguém no Arruda imaginava é que no minuto seguinte, Éverton Felipe, justamente o escolhido para entrar na vaga do ídolo rubro-negro, iria balançar as redes e calar o estádio da Cobra-coral. E foi exatamente isso que aconteceu. Mena e Rogério fizeram toda a jogada e a bola ficou limpa para Éverton abrir o placar em seu primeiro toque na bola.


Só então o Santa Cruz acordou, e desperdiçou duas grandes oportunidades de empatar o clássico. Primeiro com Thomás, que saiu na cara do gol, encobriu Magrão, mas viu Durval evitar o empate em cima da linha. Dez minutos depois, Thomás obrigou Magrão a fazer uma grande defesa, mas o rebote ficou limpo para Pereira, que furou de forma inacreditável.


Na etapa final, a partida seguiu aberta, mas com muita dificuldade de ambos os times em furar os sistemas defensivos. Aos poucos, o jogo foi ficando mais tenso, com jogadas ríspidas e provocação. Assim, não demorou até que o tempo fechasse no gramado e uma confusão generalizada paralisasse o clássico.


O saldo de tudo isso foi um cartão vermelho para Rithely, do Sport, e outro para Elicarlos.


Depois de muita demora para os jogadores deixarem o campo, a bola voltou a rolar e quem se deu bem foi o Leão. Samuel Xavier avançou pela direita, a zaga afastou e André acertou um chute, de primeira, no canto de Julio Cesar.


Na comemoração, todo o elenco do Sport partiu para a provocação em cima dos torcedores tricolores. Mais uma confusão armada, Evandro, mesmo sendo reserva, acabou sendo expulso também e tirou uma opção para Ney Franco. A polícia ainda precisou intervir, mas usou gás de pimenta para conter os torcedores e acabou obrigando os atletas visitantes a deixarem o banco de reservas em função disso.


Após cerca de cinco minutos, a bola novamente voltou a rolar para os últimos dez minutos de jogo, que virou tudo ou nada para o Santa Cruz, agora com a necessidade de marcar pelo menos um gol para levar a definição da vaga para os pênaltis.


Mas os jogadores não pareciam conseguir se concentrar no jogo e no que precisavam fazer com a bola nos pés. Prova disso foi o destempero de Wellington Cézar, que pouco depois de entrar se tornou o quarto jogador expulso do clássico, aos 43 minutos.


Com oito jogadores na linha, o Santa Cruz não teve forçar para reagir, mesmo com seis minutos de acréscimos dados pelo árbitro, e ainda perdeu a cabeça. Vitor, para parar um contra-ataque, deu uma voadora em Ronaldo e também foi para o vestiário mais cedo. No fim, quem fez a festa no Arruda foi o Sport Refice, que além de finalista no Campeonato Pernambucano, agora também brigará pelo título da Copa do Nordeste.


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