Bahia segura empate na Ilha e fica perto do título da Copa do Nordeste - Gazeta Esportiva
Bahia segura empate na Ilha e fica perto do título da Copa do Nordeste

Bahia segura empate na Ilha e fica perto do título da Copa do Nordeste

Gazeta Esportiva

Por Redação

17/05/2017 às 23:44 • Atualizado: 18/05/2017 às 00:45

São Paulo, SP

A Ilha do Retiro viveu uma noite de muita emoção e ferveu com o primeiro jogo da final da Copa do Nordeste na noite dessa quarta-feira. Sport e Bahia começaram a escrever a história de decisão desse ano pelos pés de seus ‘Juninhos’. Primeiro, o volante do Tricolor abriu o placar. Mas, no fim, o atacante talismã do Leão entrou para deixar tudo igual. O empate de 1 a 1 não é de todo ruim para o Bahia, que na próxima quarta entra em campo campeão na Fonte Nova, já que o gol qualificado é critério de desempate. Ao Sport resta vencer em Salvador ou conseguir algum empate a partir do 2 a 2 para ficar com o título.


O Sport entrou em campo sem Henríquez, Mena, Leandro Pereira, Ronaldo Alves, Rithely e Evandro. Por outro lado, o Bahia não pôde contar com Armero, Edson, Régis, Jackson, Wellington Silva, Yuri e Hernane. Apesar dos muitos desfalques, não faltou emoção e bom futebol na Ilha do Retino.


Guto Ferreira surpreendeu na escalação do Tricolor ao colocar Matheus Sales no lugar de Regis entre os titulares e, assim, mandar a campo uma equipe mais precavida, com três volantes. E essa postura foi fundamental para segurar o ímpeto inicial do time da casa.



Diego Souza era dúvida, mas jogou toda a partida. Mesmo assim, o Sport não conseguiu abrir vantagem em casa (Foto: Williams Aguiar/SCR)


Com Diego Souza, que era dúvida até momentos antes da bola rolar, o Leão dominou a primeira metade da etapa inicial. Matheus Ferraz acertou a trave depois de vencer disputa pelo alto dentro da área e Rogério por pouco não marcou um golaço de voleio. Jean fez bela defesa.


A pressão era intensa, mas, como era de se esperar, aos poucos o ritmo do Sport foi caindo, até pela dificuldade física em manter tanta velocidade e marcação alta.


Dessa forma, o Bahia chegou ao ataque com perigo real apenas aos 36 minutos. Mas, quando chegou, quase foi mortal. Allione saiu cara a cara com Magrão, tentou o drible e caiu depois de carrinho do goleiro. O árbitro não assinalou pênalti e também não puniu o atacante por uma eventual simulação. A jogada geral muita reclamação dos jogadores e da comissão técnica do Bahia.


O Tricolor, então, começou a se soltar e ficar mais tempo com a bola. E se o pedido de pênalti já havia inflamado o jogo, aos 43 a situação ficou ainda pior para a arbitragem. Isso porque Zé Rafael aproveitou sobra dentro da área e mandou para as redes. O árbitro validou o gol, mas, ao perceber a bandeira levantada do auxiliar, anulou a jogada. Renê Júnior era o atleta em posição irregular, porém, o volante tirou o corpo da bola e não participou do lance. Foi o estopim para Guto Ferreira comprar muita briga à beira do gramado.


Apesar de todos os protestos, não teve jeito. As duas equipes foram para o intervalo com a final empatada sem gols. Melhor para o Bahia que a irritação com a arbitragem não abalou os jogadores em campo. O segundo tempo começou com o Esquadrão mantendo o ritmo dos minutos finais do primeiro tempo.


Era nítido a aflição que vivia a Ilha do Retiro. As arquibancadas mais caladas pareciam anunciar o que vinha pela frente. Aos 11 minutos, a zaga do Leão cortou cruzamento parcialmente e a bola ficou limpa para Juninho, que fuzilou Magrão e abriu o placar para os visitantes. Um golaço


A torcida do Sport, então, que já havia chiado com a substituição de Everton Felipe por Juninho, não perdoou e ecoou o grito de “burro” em direção ao técnico Ney Franco.


O Sport sentiu o momento. E a situação só não ficou ainda pior porque Magrão mostrou por que é ídolo. Aos 21, Edigar Junio apareceu sozinho, na segunda trave, depois de cobrança de falta, e cabeceou para o chão, a queima roupa. O camisa 1, no entanto, voou para evitar o segundo gol do Bahia com a perna. Um verdadeiro milagre.


Mesmo sem fazer uma grande partida, a necessidade pelo resultado fez com que o Sport se lançasse ao ataque e conseguisse voltar a dominar as ações. E Juninho, aquele que entrou e gerou tantas críticas a Ney Franco, acabou dando razão ao técnico e queimando a língua dos torcedores rubro-negros.


O ataque colocou fogo no jogo e, aos 35 minutos, subiu mais alto que todo mundo na primeira trave, após cobrança de escanteio para empatar o confronto, aliviar o time da casa e consagrar de vez sua fama de talismã.


O Bahia se encolheu depois do gol sofrido e o Sport foi para o tudo ou nada. O clima de tensão no ar permaneceu até o apito final. Agora, na Fonte Nova, o Sport terá uma dura missão, já que o 0 a 0 em Salvador garante o título ao Tricolor.



FICHA TÉCNICA
SPORT 1 x 1 BAHIA

Local:
Ilha do Retiro, no Recife (PE)
Data: 17 de maio de 2017, quarta-feira
Horário: 21h45 (Brasília)
Árbitro: Antonio Dib Moraes de Souza (PI)
Assistentes: Flávio Gomes Barroca (RN) e Pedro Jorge Santos de Araújo (AL)
Cartões Amarelos: SPORT: Durval, Diego Souza. BAHIA: Matheus Reis, Renê Júnior, Jean.

GOLS:
SPORT:
Juninho, aos 35 minutos do 2T
BAHIA: Juninho, aos 11 minutos do 2T

SPORT: Magrão; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Raul Prata; Ronaldo, Fabrício, Everton Felipe (Juninho) e Rogério; Diego Souza e André
Técnico: Ney Franco

BAHIA: Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Matheus Reis; Renê Junior, Juninho, Matheus Sales (Feijão), Zé Rafael (Maikom Leite)e Allione (Gustavo); Edigar Junio
Técnico: Guto Ferreira

Conteúdo Patrocinado