Para findar o "quase", Filipe Luís tem na Rússia sua chance de ouro - Gazeta Esportiva
Para findar o "quase", Filipe Luís tem na Rússia sua chance de ouro

Para findar o "quase", Filipe Luís tem na Rússia sua chance de ouro

Gazeta Esportiva

Por Redação

07/06/2018 às 08:00

São Paulo, SP

Conhecido no mundo do futebol apenas pelos dois primeiros nomes, Filipe Luís Kasmirski é um dos 23 jogadores convocados por Tite para a Copa do Mundo que poderia, naturalmente, ser um remanescente de 2014 ou até mesmo um veterano de dois Mundiais. Entretanto, sua presença na Rússia, antes certa como no Brasil e na África do Sul, esteve à beira de ser novamente impedida pelo mesmo problema que o impossibilitou em 2010: uma séria lesão. Aos 32 anos, o lateral-esquerdo natural de Jaraguá do Sul (SC) é um dos símbolos de recuperação e volta por cima, algo que instantaneamente cabe também à Seleção Brasileira.

Em março deste ano, o Atlético de Madrid confirmou uma fratura na fíbula da perna esquerda de Filipe Luís durante o confronto contra o Lokomotiv Moscou, pela Liga Europa. Apesar de não ser oficial, era plausível que o período de recuperação reservasse toda a temporada e até mesmo a Copa do Mundo. 43 dias depois, o lateral já treinava com bola e pleiteava uma vaga na Copa, algo levado em consideração pelo treinador da Seleção que preferiu o jogador do futebol espanhol a Alex Sandro, concorrente direto pela vaga ao lado de Marcelo.

Apesar de relâmpago e não tão recente, Filipe Luís tem sua essência no futebol construída ainda em solo brasileiro. Cria da base do Figueirense, venceu duas vezes o Campeonato Catarinense (2003 e 2004) antes de alçar voos maiores em solo europeu. Destino? Holanda, vestindo o manto do Ajax, onde foi campeão nacional. Após uma rápida passagem pelo Real Madrid B, acertou sua ida ao Deportivo La Coruña e começou a desenhar uma carreira em solo espanhol que se desenhou vitoriosa com a camisa do Atlético de Madrid, a partir de 2010.

Antes de se tornar um colchonero, aliás, veio a primeira convocação para a Seleção. Em 2009, Dunga lembrou do lateral-esquerdo para substituir o cortado Marcelo e, desde então, Filipe se tornou uma opção real para o Mundial da África do Sul, no ano seguinte. O fato, entretanto, não se concretizou devido a uma lesão nos primeiros meses de Atlético. Uma fratura no tornozelo não impediu apenas sua convocação, como tornou sua vida no novo clube uma incógnita.




O retorno foi gradual, assim como sua grandeza e relevância na equipe espanhola, que ano após ano incomodava cada vez mais no cenário internacional. A conquista que faltava para corroborar o avanço foi concebida em 2012, com a taça da Liga Europa. Logo depois, o âmbito nacional foi mais um “território” conquistado por Diego Simeone e seus comandados, com os troféus da Copa do Rei e do Campeonato Espanhol.

O protagonismo de sua equipe deu a Filipe Luís a chance de retornar à Seleção em 2013, sob o comando de Mano Menezes. As chances foram aproveitadas e Felipão contou com o jogador meses depois para compor a vitoriosa delegação da Copa das Confederações, que acabou não assegurando sua participação no Mundial “em casa”. Com a ausência na Copa do Mundo de 2014 veio a mudança de ares e a transferência para o Chelsea, onde encontrou dificuldades e somou uma passagem de apenas uma temporada. No verão seguinte, o bom filho à casa tornou e Filipe desembarcou novamente na Espanha para vestir a camisa do Atlético de Madrid, de onde não saiu mais, conquistou a Liga Europa desta temporada e carimbou seu passaporte para Rússia.

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