Federação Dinamarquesa pede investigação sobre trabalhadores migrantes na Copa do Catar
Por AFP
26/04/2021 às 17:27
São Paulo, SP
"Somos contra à atribuição da Copa do Mundo ao Catar e criticamos a situação dos direitos humanos no país", declarou em um comunicado o diretor-geral da DBU, Jakob Jensen, com ocasião da publicação da carta.
A um ano e meio da competição prevista para novembro e dezembro de 2022, "intensificamos agora a pressão sobre a Fifa, porque não acreditamos que as melhorias desejadas para os trabalhadores migrantes tenham se realizado. Queremos ações agora, e quanto antes melhor", acrescentou.
Nessa carta datada de sexta-feira passada e dirigida ao presidente da Fifa, Gianni Infantino, e à sua secretária-geral Fatma Samoura, a Federação dinamarquesa inclui vários pedidos, como "a implantação completa da legislação já adotada sobre os direitos dos trabalhadores".
A DBU pede também "uma investigação sobre o número de mortos entre os trabalhadores migrantes no Catar".
O Catar está na mira das organizações de defesa dos direitos humanos pelo seu tratamento aos trabalhadores migrantes, muitos dos quais são explorados e trabalham em condições perigosas nas obras do Mundial de 2022.
O emirado afirma ter feito mais que qualquer outro país na região para melhorar suas condições de trabalho.