Seleção Brasileira melhora ou piora sem Neymar? Veja números - Gazeta Esportiva
Seleção Brasileira melhora ou piora sem Neymar? Veja números

Seleção Brasileira melhora ou piora sem Neymar? Veja números

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

27/06/2019 às 05:00

São Paulo, SP

Antes da estreia da Seleção Brasileira na Copa América, Tite chegou a afirmar que Neymar é imprescindível para a equipe. Mais tarde, na mesma entrevista coletiva concedida na Granja Comary, incomodado por talvez não ter sido tão claro, o treinador ponderou: “isso não quer dizer insubstituível”.

Quis o destino que uma lesão voltasse a tornar Neymar desfalque do Brasil em uma competição oficial.

Em 2014, uma pancada o tirou da Copa do Mundo nas quartas de final. No ano seguinte, o camisa 10 só atuou nos primeiros compromissos da Copa América, e em 2016 o Barcelona não o liberou para a edição centenária do torneio continental.



Sem Neymar, a Seleção Brasileira fez a melhor primeira fase da Copa América, e nessa quinta-feira pegará o Paraguai, em Porto Alegre, para ir às semifinais da competição em que é anfitriã.

As questões que ficam no ar são: o Brasil precisa de Neymar? A equipe melhora ou piora sem o polêmico craque? Qual é, de fato, o reflexo da ausência do atacante no time?
A Gazeta Esportiva colheu os números da Seleção Brasileira em competições oficiais, ou seja, sem levar amistosos em consideração, desde que Neymar passou a ser integrante do grupo. Os Jogos Olímpicos de 2012 e 2016 foram inseridos no levantamento.



Ao todo, o Brasil participou de 46 jogos em competições com Neymar, e teve de se virar sem sua principal estrela em 14 oportunidades. A média de gols da equipe é melhor com Neymar à disposição (2.21 contra 1.85). Em compensação, a média de jogadores diferentes marcando gols sobe quando o atual camisa 10 está de fora (0.78 contra 0.63)

Outro recorte importante é perceber que na atual Copa América, com Neymar de fora desde o início, a Seleção Brasileira tem números superiores às Copas do Mundo de 2014 e 2018, mesmo com menos jogos disputados.



Seis atletas diferentes já marcaram gols para o Brasil, assim como nos dois últimos mundiais. A diferença é que isso foi conquistado em apenas três jogos, dois a menos que em 2014 e três a menos que 2018.

A média de gols também já é mais alta: 2.6 gols por jogo, mais que as médias de 2 gols por jogo na Copa de 2014 e 1.6 no Mundial da Rússia.

Na lacuna deixada por Neymar, Tite apostou primeiramente em David Neres. No último jogo, Everton ganhou de fato a vaga e, aparentemente, está consolidado no setor pela esquerda do ataque.

Ainda assim, Neymar é o segundo no ranking de artilheiros da Seleção na Era Tite. O astro do Paris Saint-Germain tem 14 tentos no currículo, dois a menos que Gabriel Jesus, mesma distância que tem de Coutinho, seu ‘concorrente’ mais próximo.




 

Conteúdo Patrocinado