O torneio marcou o fim do tabu de 13 anos sem vitória da Argentina sobre o Brasil. O atual técnico da seleção do Peru, Ricardo Gareca, foi quem marcou o único gol daquela peleja. Mesmo com mais de uma década de invencibilidade brasileira, as seleções se enfrentaram apenas 13 vezes nesse intervalo de tempo.
Para a Seleção Canarinha chegar à final, uma coisa, que hoje em dia seria surreal, aconteceu. Na semifinal entre Brasil e Paraguai, como não havia um critério de desempate e nem era prevista prorrogação ou cobrança de pênaltis para situações de empate, a partida foi decidida no cara-ou-coroa. A vaga foi decidida no lançamento de uma moeda. O Brasil, então comandado por Carlos Alberto Parreira (em sua primeira passagem na Seleção), se deu bem e conseguiu avançar para a final.
Sempre que Uruguai e Brasil jogam, ainda mais em uma final em território verde-amarelo, comparações com a melancólica final da Copa do Mundo de 1950 são inevitáveis. Na capa de A Gazeta Esportiva de 5 de novembro de 1983, que noticiou a conquista da Copa América pelo Uruguai em cima do Brasil e em plena Fonte Nova, a manchete deixa claro que o Maracanazo permanece vivo entre os brasileiros: “33 anos depois, Uruguai faz nova festa no Brasil”. A Celeste ganhou por 2 a 0 a primeira partida em Montevidéu e conseguiu arrancar um empate por 1 a 1 em Salvador. Dessa forma, conquistaram o caneco de número 12 e os verde-amarelos acumularam 9 vices.