Ao fazer um balanço da temporada de 2015, Manoel Flores, diretor de competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pontuou diversas inovações com relação a principal competição da entidade - o Brasileirão -, mas se apegou, especialmente, aos jogos disputados no horário matutino. Para o dirigente, as partidas realizadas as 11h (de Brasília) foram uma surpresa.
Se, em termos de público, os jogos antes do almoço foram um sucesso e atraíram boa média aos estádios, a briga pela bola debaixo do sol dividiu opiniões entre os jogadores. Muitos passaram mal, apesar dos protocolos com parada técnica para reidratação. A CBF, no entanto, aprovou a jogada de marketing.
"Foi uma grata surpresa, algo implementado de maneira experimental e que teve uma repercussão muito positiva. Teve sucesso absoluto de público. Tivemos uma média de cerca de 25 mil pessoas nos jogos das 11 horas e nos outros, nos demais horários, só 17 mil... É interessante", falou Flores, sem revelar se o calendário matutino será mantido em 2016.
Se os jogos pela manhã levaram mais pessoas ao estádio, o espetáculo também arrumou formas de aumentar a identificação do público com a marca do Brasileirão. Seguindo um padrão semelhante ao europeu, com entrada dos dois times em campo e outros protocolos, a competição ganhou novos contornos. A forma, inclusive, exigiu cuidados dentro e fora das quatro linhas.
"Temos tido cuidado especial com nosso principal produto. Neste ano já tivemos o entorno dos gramados mais organizado. Implementamos algumas propriedades novas de marketing que ajudam a criar uma identidade, como o totem da bola", falou. "Realizamos um projeto também para padronizar o gramado das principais sedes da competição, algo que foi pedido por clubes e treinadores", acrescentou.
