A paciência do torcedor do Cruzeiro parece ter chegado definitivamente ao final. Com um momento bastante turbulento, com futebol pouco vistoso, a zaga sofrendo muitos gols, a perda do clássico no último fim de semana e a aproximação da zona de rebaixamento, as torcidas organizadas da Raposa foram a porta do CT, na manhã desta quarta-feira.
A manifestação já estava agendada há alguns dias. A Gazeta Esportiva questionou a diretoria do clube se haveria algum esquema de segurança especial, por causa da manifestação. Na ocasião, o diretor de comunicação, Guilherme Mendes, confirmou que tudo seguiria da mesma forma.
Na manhã desta quarta-feira, na reapresentação dos atletas após a perda do clássico, no domingo, por 3 a 1, no Independência, dezenas de cruzeirenses foram a porta do CT com faixas, cartazes e muita gritaria. O motivo: cobrar um melhor futebol.
Embora tenha confirmado o contrário, o esquema de segurança existiu na porta do CT. A Polícia Militar estava na porta do local para proteger os atletas. Mesmo assim, em algum momento não surtiu efeito, pois os carros do meia Arrascaeta e do zagueiro Dedé foram alvos de chutes e socos. Curiosamente, os dois jogadores não estão participando de um dos piores momentos da agremiação no ano, ambos contundidos em tratamento no departamento médico.
Outro que não conseguiu escapar das críticas foi o técnico Mano Menezes. Aos gritos de "Adeus, Mano", o comandante chegou a seu local de trabalho. O zagueiro Léo e o presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, foram outros alvos de manifestação.
