Com bênção de campeões de 1993, Palmeiras vence o Derby e vira vice - Gazeta Esportiva
Com bênção de campeões de 1993, Palmeiras vence o Derby e vira vice

Com bênção de campeões de 1993, Palmeiras vence o Derby e vira vice

Gazeta Esportiva

Por Bruno Ceccon e Tomás Rosolino

12/06/2016 às 17:57 • Atualizado: 12/06/2016 às 23:30

São Paulo, SP




O dia era 12 de junho e o cenário não poderia ser melhor para o Palmeiras. Dono de um Palestra Itália apenas com alviverdes e visitado pelos campeões paulistas de 1993, que celebraram o título na mesma data daquele ano, o Verdão foi bastante superior ao Corinthians, principalmente no segundo tempo, e coroou a celebração com uma vitória por 1 a 0. O gol foi marcado por Cleiton Xavier, no começo do segundo tempo, aproveitando rebote de Walter.

O tento, porém, poderia ter saído de diversos outros pés e cabeças dos mandantes, donos de um volume maior de jogo e uma disposição digna do Derby. Com o resultado, os alviverdes ultrapassaram o próprio arquirrival e o Grêmio, alcançando os 15 pontos e a vice-liderança, apenas um atrás do Internacional. Em quarto, o Corinthians estacionou nos 13 pontos.

Foi também o primeiro triunfo do clube alviverde sobre o arquirrival no Palestra Itália pós-reforma, repetindo um feito que havia sido conquistado pela última vez em 1970. Trajados com meiões brancos, assim como na final de 1993, os palmeirenses mantêm o 100% de aproveitamento como mandante neste Campeonato Brasileiro, enquanto o Timão vê ser encerrada uma sequência de quatro vitórias seguidas.

Na próxima rodada, os comandados de Cuca saem de seus domínios e visitam o Coritiba às 21h45 (de Brasília) da quarta-feira. Enquanto isso, Tite e seus jogadores viajam a Brasília para enfrentar a equipe do Fluminense. O jogo será disputado no estádio Mané Garrincha, quinta-feira, às 21h.

Domínio palmeirense e Timão perigoso

O começo de jogo foi todo do Palmeiras, aproveitando o apoio incondicional da torcida. Pressionando a saída de bola, a equipe alviverde não demorou a ter uma boa chance de marcar. Após lateral cobrado pela direita, a bola sobrou limpa para Gabriel chutar, mas Guilherme conseguiu fazer o corte. Na sequência, Gabriel Jesus saiu cara a cara com Walter. O garoto, porém, também demorou a chutar e foi travado por Felipe, com Walter fazendo a defesa na sequência.

Justamente depois de chegar mais perto de ser vazado, o Timão conseguiu dar o seu primeiro susto em Fernando Prass. Marquinhos Gabriel recebeu bola pela esquerda em contra-ataque e deu bom passe para Luciano, já dentro da área. O centroavante dividiu com o goleiro palmeirense e a bola ficou viva, quicando em frente ao gol. Edu Dracena, no entanto, conseguiu chegar antes de Giovanni Augusto e fez o corte.

Com mais posse de bola e volume de jogo, o Palmeiras soube aproveitar a fragilidade do lado esquerdo corintiano, protegido por Yago, há mais de um mês sem entrar em campo. Primeiro Tchê Tchê ganhou do defensor, invadiu a área e fez o cruzamento, mas parou em corte providencial de Felipe. Depois, Roger Guedes conseguiu o corte em cima do mesmo Yago e bateu rasteiro. Walter, bem posicionado, fez a defesa sem dar rebote.

Por mais que não desse ao time muitas chances claras de marcar, o domínio territorial fazia com que o Corinthians tivesse que apelar para faltas na tentavida de diminuir o ímpeto adversário. Dessa forma, Giovanni Augusto, Cristian e Felipe terminaram o primeiro tempo amarelados. Do lado alviverde, apenas Jean foi advertido, por falta em Marquinhos Gabriel.

O Timão só resolveu colocar a bola no pé nos últimos dez minutos de bola rolando, o que acabou sendo o bastante para ter a chance real de abrir o placar. Em boa construção ofensiva, Uendel fez a ultrapassagem pela esquerda e recebeu bom passe de Marquinhos Gabriel. O lateral cruzou rasteiro, a bola passou pelo miolo da área e ficou sob o domínio de Giovanni. Equilibrado e dentro da área, o meia tirou fácil Moisés do lance, só que chutou mal, rasteiro, mandando longe do gol de Fernando Prass.

Dedo de Cuca, erros de Tite

Para o segundo tempo, o técnico Cuca resolveu tirar Roger Guedes, talvez em sua pior jornada desde que foi contratado, e promoveu a entrada de Cleiton Xavier. Supersticioso, viu sua estrela brilhar logo aos dois minutos. Dudu puxou contra-ataque e deixou Moisés livre. O meia carregou a bola desde a intermediária e bateu firme de pé esquerdo. Walter fez grande defesa, mas o rebote ficou justamente para Cleiton Xavier, que cabeceou para o gol vazio e explodiu o Palestra Itália em festa.

O gol acelerou o ritmo da partida e os alvinegros quase empataram logo na sequência. Uendel cobrou falta pelo lado esquerdo, Fernando Prass saiu do gol e deu um soco na bola, mas ela acabou nos pés de Cristian. O volante foi bem ao cortar a marcação e deu um chute de bico na bola. Ela saiu forte, mas ganhou altura e passou por cima da meta palmeirense.

O volume de jogo dos dois lados aumentou muito, tanto que, antes dos 10 minutos, tanto Palmeiras quanto Corinthians tiveram oportunidades claras de fazer gols. Primeiro foi o Verdão, com Dudu. O atacante saiu rapidamente pelo lado esquerdo, invadiu a área ebateu forte com a perna esquerda, exigindo grande defesa de Walter. Na sequência, em outra falta pela esquerda, Uendel cruzou, Felipe desviou no meio e Guilherme apareceu livre. O camisa 10 teve tempo de dominar no peito, escolher o canto e bater firme de canhota. A bola passou por Prass, mas carimbou a trave do arqueiro e voltou para suas mãos na sequência.

Quando era melhor, Tite resolveu sacar Guilherme e Cristian para colocar Danilo e Maycon. As alterações, no entanto, acabaram com qualquer capacidade de criação corintiana, dando ao Palmeiras muitas chances de ampliar a sua vantagem. A chance mais clara foi aos 28 minutos, após lateral cobrado dentro da área. A zaga não conseguiu afastar e Tchê Tchê, quase na pequena área, ajeitou para Dudu chutar de primeira. A bola entraria, mas Yago, embaixo da trave, conseguiu desviar para fora.

Talvez ansioso pelo final da partida, o Palmeiras resolveu recuar no fim e deu chances ao Corinthians, mesmo sem qualquer inspiração por parte de seus atletas. A punição para o recuo quase saiu no último lance, quando Giovanni Augusto levantou bola na área e Fernando Prass soltou a bola nos pés de Bruno Henrique. O corintiano mandou para o gol, mas Raphael Claus enxergou falta em Thiago Martins, apesar de o arqueiro palmeirense ter trombado no zagueiro.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 1 X 0 CORINTHIANS

Local: Palestra Itália, em São Paulo (SP)
Data: 12 de junho de 2016
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Rogério Pablos Zanardo (ambos de SP)
Público: 39.935 pagantes
Renda: R$ 2.763.659,36
Cartões amarelos: Giovanni Augusto, Cristian, Felipe e Fagner (COR); Jean, Zé Roberto, Edu Dracena e Moisés (PAL)
Gol:
PALMEIRAS: Cleiton Xavier, aos 2 minutos do segundo tempo

PALMEIRAS: Fernando Prass; Tchê Tchê, Thiago Martins, Edu Dracena e Zé Roberto; Thiago Santos e Jean; Roger Guedes (Claiton Xavier), Moisés (Matheus Sales) e Dudu (Rafael Marques); Gabriel Jesus
Técnico: Cuca

CORINTHIANS: Walter; Fagner, Felipe, Yago e Uendel; Cristian (Maycon), Bruno Henrique, Giovanni Augusto, Guilherme (Danilo) e Marquinhos Gabriel; Luciano (André)
Técnico: Tite

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