Aplaudido, Carille dá méritos ao Vitória e pede "cabeça erguida" - Gazeta Esportiva
Aplaudido, Carille dá méritos ao Vitória e pede "cabeça erguida"

Aplaudido, Carille dá méritos ao Vitória e pede "cabeça erguida"

Gazeta Esportiva

Por Tomás Rosolino

19/08/2017 às 19:27 • Atualizado: 19/08/2017 às 20:06

São Paulo, SP



O técnico Fábio Carille deixou o gramado aplaudido pela torcida do Corinthians, que fez festa apesar da derrota por 1 a 0 para o Vitória, praticamente em um reflexo da calma dos alvinegros em explicar como o líder do Campeonato Brasileiro perdeu uma invencibilidade de 5 meses contra um time que luta contra o rebaixamento. Tranquilo, o treinador preferiu dar méritos ao adversário e pediu que o time erga a cabeça para as próximas partidas.

"Não existe equipe imbatível, sabíamos da proposta de jogo do Vitória, sabíamos que ia ser assim. O time procurou não desorganizar, tanto que o gol deles foi mérito deles. Até revi, estava todo mundo no lugar que devia estar, foi qualidade do passe ali. Triste por hoje (sábado), já enfrentamos equipe que veio fechada e ganhamos, agora é levantar a cabeça e trabalhar para que a gente consiga a vitória lá em Chapecó", explicou, reclamando apenas da insistência do time em furar o bloqueio rival pelo meio.

"Mesmo com as mudanças, improvisações ali, dificilmente eu vou desorganizar e sair da minha linha de trabalho. Se eu fizer algo diferente, a chance de eu conseguir as coisas é menor. A gente sabia que o jogo era pelos lados. O jogo era por lá, cruzamos bastante. Pedimos que abrisse, chegasse ainda mais pelos lados, mas tentamos muito pelo meio", avaliou o comandante corintiano, num tom semelhante ao do dia a dia, diferente, por exemplos, do que adotou na eliminação para o Inter, na Copa do Brasil, e no empate por 2 a 2 contra o Atlético-PR.




"Ali a gente estava ganhando um jogo, um chute do meio da rua desvia no Balbuena e entra. Sou muito ciente, consciente de tudo. Vou lá e trabalho, infelizmente as coisas não acontecem do jeito que a gente imagina sempre", observou o treinador, que gostou da reação dos atletas e disse que todos deviam sentir orgulho do que fizeram.

"Foram 34 jogos, um turno inteiro, 19 partidas, nós temos de nos sentir orgulhosos. Vestiário triste, normal, mas é isso. Perdemos para o Inter e na sequência estava todo mundo já de cabeça erguida para jogar uma semifinal de Paulista. Agora é isso que a gente tem que ter também", pediu Carille, refutando qualquer chance de o Vitória ter "emulado" o Corinthians para conseguir sair vencedor em Itaquera.

Vágner Mancini, técnico do adversário, era também o treinador da Chapecoense, que empatou por 1 a 1 na primeira rodada do Brasileiro. "Só que o jogo da Chape foi outra história, a gente voltou do Chile com um monte de problema, gripe, febre. Todo mundo vai vir respeitando o Corinthians, eu também faria. Mas o Mancini joga assim há muito tempo, não tem nada de copiar a gente, não", concluiu.

Com 47 pontos, o Alvinegro espera o resultado do jogo entre Grêmio e Atlético-PR, neste domingo, em Porto Alegre, para saber qual será sua distância para os gaúchos, que estão na segunda colocação da competição. O time volta a campo na quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), contra a Chapecoense, na Arena Condá.

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