A quarta-feira marca o reencontro do Fluminense com o Palmeiras, pela Copa do Brasil. O segundo jogo da semifinal da competição ocorre no Palestra Itália, às 22h (de Brasília). O time carioca venceu a primeira partida por 2 a 1, no Maracanã, e tem ligeira vantagem. Por sinal, o gol do Alviverde no Rio de Janeiro foi muito contestado pelos tricolores, que não concordaram com a marcação do pênalti em Zé Roberto. O presidente Peter Siemsen fez um discurso bastante irritado depois do confronto e chegou a pedir a saída de Sérgio Corrêa da presidência da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
No entanto, nesta quarta-feira, horas antes da partida, o mandatário tricolor diminuiu o tom da crítica à arbitragem brasileira, mas voltou a sugerir mudanças. Para ele, os recentes erros estão aumentando cada vez mais a pressão sobre os árbitros e atrapalhando o trabalho deles.
"Acho que a arbitragem, muitas vezes, tem tirado o brilho de certos resultados. É óbvio que isso chateia, que isso cria um conflito e está criando uma enorme pressão sobre os árbitros", afirmou em entrevista à ESPN.
Peter Siemsen não tocou no assunto da renúncia de Sérgio Corrêa, mas sugeriu que o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF faça alterações na estrutura da pasta, a fim de elevar o nível de funcionamento. O dirigente do Fluminense defende que os árbitros sejam mais bem remunerados e que apitam menos jogos para poderem ter mais tempo de preparação.
"O que o Sérgio (Corrêa), presidente da comissão de arbitragem, tem que fazer é elevar o nível do funcionamento, da estrutura. Acho que o árbitro tem que ser melhor remunerado, apitar menos jogos, para poder se preparar melhor. Tem que haver uma estrutura melhor de preparação”, ponderou.
Siemsen ainda criticou a maneira como a interpretação das jogadas são tratadas. Para ele, os vídeos deveriam ser divulgados publicamente e os juízes deveriam conceder entrevistas para explicarem de que modo avaliaram os lances da partida.
“Acho que não há um esclarecimento para o público das jogadas, como se interpreta. Se tem vídeos da Fifa que instruem o juiz, por que é que não passamos os vídeos publicamente, eventualmente? Por que é que o juiz não pode dar entrevista? Acho que seria muito positivo, ele diz o que ele viu, reconhece o que erra, ou não. Isso elimina qualquer especulação de esquema, que existe nos bastidores", completou.
