A disputa pelo título de melhor do mundo é praticamente uma competição pessoal entre Lionel e Messi e Cristiano Ronaldo, desde 2008. César Luis Menotti, primeiro técnico campeão mundial com a seleção argentina, em 1974, analisou o desenvolvimento de ambos os jogadores e, ademais, revelou sua opinião, que destoa dos debates tradicionais acerca da Bola de Ouro.
Na carreira de jogador, o argentino estreou pelo Rosario Central na década de 60 e passou por clubes como Boca Juniors e Racing. Foi como treinador, entretanto, que atingiu o ápice de sua carreira: estava no comando de sua seleção nacional na conquista do primeiro título mundial, em 1974. Durante a participação no programa La llave del gol, da Fox Sports, Menotti afirmou que seu conterrâneo seria muito diferente se tivesse se formado em outro clube que não o Barcelona.
“Messi não teria sido o mesmo no Real Madrid. Ele estreou no Barcelona com Iniesta, Xavi, Ronaldinho. Além disso, o Ronaldinho gosta muito dele. Esta é uma formação que o Cristiano Ronaldo nunca teve. Cristiano sempre fez o trabalho de um herói. É claro que ele é um enorme jogador e, talvez, um grande tipo. Mas ele se faz de herói, e é: marca 50 gols. Messi cresceu demais desde o primeiro dia até hoje. De um atacante formidável, passou a criar jogo, a ter outra participação”, reconheceu.
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Menotti se aposentou da carreira de treinador em 2007, depois de comandar os Estudiantes Tecos, do México, por uma temporada. Aos 77 anos, revelou que, para ele, Andrés Iniesta é o melhor jogador do mundo, classificando o camisa 8 do Barça como uma espécie de “craque silencioso”.
“Há jogadores que são tão bons que não se discute. Para mim, o melhor do mundo é Iniesta. Dribla, tem jogo, faz gol, passe para gol, corre, luta. Eu o vejo e sempre é indicado, mas nunca ganhou uma Bola de Ouro. O que acontece, talvez, é que ele não tem perfil para o marketing, tem cara de nada, fala baixinho e algumas pessoas não se dão conta do quanto ele é bom”, finalizou o ex-comandante.
