Federação vê alto risco para a Euro, e Alemanha passa noite em estádio - Gazeta Esportiva
Federação vê alto risco para a Euro, e Alemanha passa noite em estádio

Federação vê alto risco para a Euro, e Alemanha passa noite em estádio

Gazeta Esportiva

Por Redação

14/11/2015 às 09:21 • Atualizado: 14/11/2015 às 12:12

São Paulo, SP

Assim como parte da torcida, que buscou abrigo no interior do Stade de France, a seleção alemã também ficou no estádio por segurança (foto: Franck Fife/AFP)
Assim como parte da torcida, a seleção alemã também ficou no Stade de France por segurança (foto: Franck Fife/AFP)


Os atentados da noite desta sexta-feira, em Paris, chocaram o mundo. Deixando pelo menos 127 mortos, os ataques com fuzis e bombas também afetaram o amistoso entre França e Alemanha, no Stade de France. Em uma das entradas do estádio, uma explosão causou a morte de três pessoas. Por conta do risco, a seleção visitante acabou passando a noite na arena esportiva e, diante do cenário de terror, a Federação Francesa de Futebol (FFF) vê uma ameaça à Eurocopa de 2016, marcada para acontecer no país.

O presidente da entidade máxima do futebol francês, Noel La Graet, admitiu haver uma "grande preocupação" para a realização da competição continental no ano que vem. O atentado ao jornal Charlie Hebdo, em janeiro, já havia acendido o alerta vermelho para o país, mas a onda de violência desta sexta-feira já é definida como a pior do país desde a Segunda Guerra Mundial.

Através de comunicado em nome da Federação, La Graet expressou sua solidariedade às vítimas dos ataques. "Nós compartilhamos a emoção que balança a nação após os trágicos acontecimentos desta sexta-feira em Paris e nos arredores do Stade de France. A FFF compartilha o luto dos familiares e amigos das vítimas", lamentou.

Também em clima de grande apreensão por conta dos atentados, que aconteceram simultaneamente à derrota da equipe por 2 a 0 para a França, a Alemanha decidiu evitar se deslocar pela cidade de Paris após a partida. Assim, passou a madrugada em seu vestiário no Stade de France, enquanto, na região central da capital francesa, trabalhou-se durante toda a noite para atender feridos e cuidar de corpos deixados pelos ataques.

"Havia muita incerteza, muito medo. Estava mesmo um ambiente estranho no vestiário. Os jogadores estavam muito chocados, logo pegaram seus telefones para se informar e ligar para casa", revelou o ex-atacante Oliver Bierhoff, agora gerente da seleção alemã, que desembarcou em segurança na cidade de Frankfurt na manhã deste sábado após o choque da noite anterior.

As duas equipes têm novos compromissos marcados para a próxima terça-feira. Enquanto a França visita a Inglaterra, em duelo já confirmado pela Federação do país atacado nesta sexta, e a Alemanha recebe a Holanda.

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