Federação de Treinadores pede limite de trocas de técnicos por clube - Gazeta Esportiva
Federação de Treinadores pede limite de trocas de técnicos por clube

Federação de Treinadores pede limite de trocas de técnicos por clube

Gazeta Esportiva

Por Redação

21/08/2017 às 14:57

São Paulo, SP

A Federação Brasileira dos Treinadores de Futebol (FBTF) realizou reunião nesta segunda-feira na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e levantou alguns pontos que visam "a melhoria do futebol". A principal proposta da Federação é que os times das Série A e B do Campeonato Brasileiro não possam realizar mais de duas trocas de treinadores durante as competições nacionais.

Bancada da FBTF contou com Tite, técnico da Seleção Brasileira (Foto: Reprodução/Facebook)


"Um técnico pode ser demitido, mas para colocar outro técnico no lugar deve cumprir com os compromissos em contrato. Mas também não poderia ter o terceiro (técnico) em uma competição", explanou Luxemburgo. "(Queremos) Que a CBF nos dê esse amparo criando uma normativa de proteção para que técnicos possam trabalhar sabendo que não vão ser mandados embora logo em seguida", completou.

A proposta também vale para os treinadores de futebol. Caso o comandante deixe sua equipe, só poderia trabalhar em mais um clube durante a competição. "Nós também não podemos trabalhar por conta própria em três ou quatro clubes. Temos que ter ética e respeitar esse compromisso", ressaltou.

A mesa contou com Zico, Falcão, Carlos Alberto Parreira, Alfredo Sampaio, Tite, Zé Mário, Vágner Mancini e Vanderlei Luxemburgo. Após a reunião, parte do grupo seguiu para uma conversa interna com representantes da CBF, enquanto outros representantes conversaram com a imprensa.

Vágner Mancini, um dos representantes da FBTF, também levantou outro tema importante abordado na reunião. Foi proposto que, a partir de 2018, todos os treinadores de futebol brasileiros tenham contrato assinado e que um clube não poderá contratar outro treinador antes de quitar as dívidas com o antigo funcionário. Enquanto a equipe não resolver as pendências com o técnico demitido, a solução seria a utilização de um profissional da base com contrato válido.

"O fundamental é que todos tenham contrato assinado, que sejam registrados. Um clube quando demitir o treinador, o que lhe é de direito, respeite o contrato. E que ele não possa contratar outro técnico antes que quite o acerto com o demitido", afirmou Mancini. "Esse curso que nós somos obrigados a fazer, com razão, tem que servir de licença para a gente exercer nossa função de técnico também fora do país", ressaltou.

Atualmente, o curso fornecido pela CBF para comandantes nacionais não é válido nos principais campeonatos estrangeiros. "Nós estamos procurando uma melhoria. Nós competimos muito, mas temos que ter a noção exata do que é o melhor para o futebol. E o melhor para o futebol é parar com essa troca, com essa reciclagem constante. Tem que parar", finalizou Tite, técnico da Seleção Brasileira.

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