“Eu não acho que ele deveria ter sido afastado, e também não acho que ele deveria ser desafiado. Porque é por causa dele que temos muitos países ao redor do mundo que agora estão jogando futebol. E, se todas essas pessoas supostamente foram corrompidas para fazer as coisas acontecerem em seus países, isso é bom. É um preço que o futebol teve de pagar”, disse o magnata da F-1 ao canal russo de televisão RT .
A solidariedade de Ecclestone ao “colega” sendo investigado por corrupção pode ser entendida através de um episódio semelhante do qual ele próprio foi protagonista há pouco mais de um ano. Na Alemanha, o britânico respondeu inquérito sobre acusação de pagamento de suborno. Apesar de alegar inocência, o britânico pagou 100 milhões de dólares (R$ 227,5 mi na cotação da época) à justiça local para encerrar o caso, em procedimento permitido pelas leis do país.
Joseph Blatter, por sua vez, enfrenta problemas judiciais desde maio, quando investigação conjunta entre o FBI, dos Estados Unidos, e a polícia da Suíça deflagrou escândalo de corrupção na Fifa e pôs o presidente na berlinda, além de mandar oito dirigentes ligados à organização para a cadeia. Recentemente tem-se apurado uma transferência milionária entre sua conta bancária e a do mandatário da Uefa, também afastado, Michel Platini, que teria prestado consultoria à entidade máxima do futebol mundial, mas sem ter assinado qualquer contrato ou termo.
Há 17 anos na presidência da Fifa, Blatter está sendo substituído interinamente pelo camaronês Issa Hayatou até as eleições que definirão seu sucessor, previstas para fevereiro de 2016.
