Bosque da Fama eterniza mais seis atletas através do plantio de árvores
Por Redação
08/12/2015 às 16:55 • Atualizado: 08/12/2015 às 16:57
São Paulo, SP
O projeto foi criado pela Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação (Seme), em parceria com o Panathlon Club São Paulo, em 2008, e tem como objetivo preservar a história do esporte nacional através do plantio de árvores – o que contribui com a natureza e a cidade de São Paulo.
"Um país que não preserva sua história é um país sem cultura. E hoje a história está eternizada nessas árvores do Bosque da Fama", avaliou o jornalista Henrique Nicolini, fundador do Panathlon no Brasil e membro de Honra do Panathlon Internacional.
Diferente dos anos anteriores, em que os condecorados plantavam uma muda para deixar o Bosque da Fama cada vez mais arborizado, os seis atletas apadrinharam árvores já existentes e inauguraram placas com seus respectivos nomes e conquistas.
A edição de 2015 trouxe outra novidade: pela primeira vez, uma paratleta foi contemplada pela honraria. Considerada a velocista cega mais rápida do mundo, Terezinha apadrinhou um pé de Jerivá e ficou satisfeita por entrar no Bosque da Fama ao lado de outros nomes ilustres do esporte nacional.
"Parece que escolheram a árvore a dedo para mim. Estou muito feliz, muito grata por esse privilégio. Vim dividir esse momento com pessoas tão grandes e tão especiais, e que hoje são meus ídolos. Estar no Bosque ao lado de atletas tão renomados me faz, enquanto atleta paralímpica, me sentir tão grande quanto eles, tão brasileira quanto eles", agradeceu a recordista mundial.
Mais lembrado pelo recente trabalho na diretoria do Palmeiras, Brunoro conquistou uma plaquinha entre as árvores pelo trabalho realizado como atleta e preparador físico na Seleção de vôlei, nos anos 80. O ex-jogador agradeceu a homenagem e traçou uma metáfora entre o crescimento das árvores e o desenvolvimento do esporte.
"É tão singelo e importante para quem recebe, ainda mais por ser lembrado em vida. Estar ao lado de uma árvore, uma coisa da natureza que por si só representa o esporte, porque ela cresce, luta para sobreviver, passa por tempestades, fica bonita e ganha dores, que são as nossas medalhas. E também poder servir de exemplo e motivação a uma geração mais jovem. Poder dividir essa minha árvore com tantas outras árvores importantes aqui me faz sentir lisonjeado. Já tive filho, escrevi um livro e plantei árvore, o que mais eu quero da vida?”, brincou Brunoro, que também apadrinhou um Jerivá.
Terezinha, Wanda, Amaury, Onmura, José João e Brunoro se juntam a outros 38 grandes esportistas do Brasil, como Hortência, Janeth, Gustavo Borges, Maria Esther Bueno, Zito, Pepe, Coutinho e José Roberto Guimarães. Desta vez não houve homenagem póstuma, mas entre os agraciados in memorian pelo Bosque da Fama, estão Ayrton Senna, João do Pulo, Ubiratan Maciel e Bellini.
A vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, encerrou a cerimônia exaltando a necessidade de fortalecer o esporte brasileiro, e projetou uma boa campanha nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em agosto. O Time Brasil sonha em terminar a competição entre os dez primeiros no quadro geral de medalhas.
"Cultivar essa memória é fundamental, e fazer uma homenagem unindo esporte e meio ambiente é eternizar nossos atletas de maneira perene. Precisamos, diante das dificuldades, ter atitude de celebração, investir no esporte e na natureza. Espero que possamos realizar um grande evento nos Jogos Olímpicos", completou a política.