Natural de Lomas de Zamora, em Buenos Aires, na Argentina, Holan iniciou a sua carreira jogando hóquei na grama, mas logo abandonou a profissão para se tornar técnico da modalidade por 18 anos. Em 2003, dirigiu a equipe feminina do Uruguai até o bronze dos Jogos Pan-Americanos.
No mesmo ano, no entanto, mudou de esporte. O argentino foi contratado para ser auxiliar de Jorge Burruchaga no Arsenal de Sarandi, da Argentina. Nos anos seguintes, passou por diversos clubes do país na função de auxiliar e analista de desempenho, até assumir o cargo de treinador do Defensa Y Justicia, em 2015.
Até então um time de pouca expressão, o Defensa ganhou destaque nas mãos de Holan. A equipe chegou a brigar pelo título nacional em 2016, mas viu o Lanús levantar a taça. E a principal ferramenta do comandante para o sucesso foi olhar para a base.
Já em 2017, Ariel foi contratado pelo Independiente, o seu clube do coração. Em seu primeiro ano, também optou por utilizar pratas da casa e levou a equipe até a conquista da Copa Sul-Americana, derrotando o Flamengo na decisão, em pleno Maracanã.
Apesar da forte ligação com o time, anunciou que deixaria o cargo ao final daquela temporada, pois estava sofrendo muita pressão de torcedores organizados. No entanto, acabou chegando a um acordo com a diretoria e acertou sua permanência em Avellaneda, onde ficou até o meio de 2019.
Cinco meses depois, assumiu a Universidad Católica, do Chile, onde conquistou o campeonato nacional, dominando o torneio de ponta a ponta. Na Libertadores, deu trabalho para Inter e Grêmio, seus adversários de grupo, mas acabou ficando apenas na terceira colocação e, portanto, garantindo vaga na Sul-Americana. Na Sula, caiu nas quartas de final, ao perder para o Vélez, da Argentina.
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Ao longo destes pouco mais de cinco anos como técnico, Holan já demonstrou que a sua preferência de estilo de jogo é com uma saída de bola de qualidade e uma transição muito rápida para o ataque. Quando não tem homens de velocidade disponíveis, a tendência é alternar para uma pressão alta, forçando o erro do adversário.
Em sua primeira fala como técnico do Santos, inclusive, Holan já destacou a sua mentalidade, tanto em relação as questões táticas quanto sobre as categorias de base.
“Estou muito feliz em dirigir o Santos, um clube com tantos craques como Pelé e Neymar. Será um desafio participar de uma das ligas mais equilibradas do mundo, mas confio plenamente que vamos entregar um bom resultado para a torcida com mentalidade ofensiva e que os jogadores mais novos sejam aproveitados com os mais experientes. Sei que é uma responsabilidade muito grande, mas estou animado”, disse.
À procura de auxiliares para a sua comissão técnica, Ariel Holan deve chegar ao Peixe até o fim dessa semana, com a estreia prevista apenas para o Campeonato Paulista.