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Ex-treinadora do Brasil, Emily Lima é a nova coordenadora técnica das seleções de base do Peru

Gazeta Esportiva

Por Redação

São Paulo, SP
Nesta quinta-feira, a treinadora Emily Lima convocou a seleção feminina do Peru para as datas Fifa de fevereiro. Na ocasião, também foi anunciada a nova estrutura do departamento de seleções femininas, que terá a treinadora como a nova coordenadora técnica das seleções de base peruanas - além de seguir comandando a equipe feminina principal.

Conforme explicado pela diretora de seleções femininas Solange Rodriguez, Emily passará a exercer supervisão esportiva e metodológica, atuando em decisões e planificação de trabalho com as comissões técnicas das seleções de base. A partir de agora, todas as seleções femininas (profissional, sub-20 e sub-17) passarão a ter comissões específicas.

Em entrevista coletiva concedida na Federação Peruana de Futebol, a treinadora deu detalhes sobre a importância da nova estrutura com administrações próprias para o desenvolvimento do futebol feminino no país andino.

"O futebol masculino já tem todas essas divisões porque o desenvolvimento é maior. Na feminina não é diferente, não podemos ter cabeças diferentes, se eles necessitam de um chefe ou coordenadores, aqui precisamos também porque fazemos os mesmos trabalhos. Quando a presidência e a gerência compreendem esta importância tudo fica mais fácil. Sabíamos que teríamos estas mudanças neste ano para que, em oito ou sete anos, possamos ter resultados", explicou Emily Lima.



No Peru desde abril de 2023, Emily vem se dedicando também ao desenvolvimento estrutural da modalidade, que ainda está bastante defasada em relação aos países vizinhos. Com grande experiência como atleta e como treinadora, Emily projetou o futuro do trabalho em curso:

"Este é um processo longo. O que posso dizer é que, se seguimos com este trabalho, em um ciclo de oito anos (dois ciclos de Copa América), poderemos estar competindo e chegar para tentar uma classificação direta. As outras seleções também estão evoluindo e temos que diminuir essa diferença e começar a competir. Elas já têm vantagens em muitos outros aspectos e o bom é que começamos, que a Federação hoje tem outra mentalidade", avaliou a ex-comandante da Seleção Brasileira entre 2016 e 2017.

Até o momento, Emily comandou o Peru em três amistosos, sofrendo três derrotas. Nos próximos dias 24 e 28 fevereiro, a bicolor enfrentará a Bolívia em duas oportunidades. O próximo grande torneio do Peru será a Copa América, provavelmente em 2025, e a brasileira já está de olho na competição avaliando os resultados do trabalho conjunto de todo o novo departamento.

"Nesta primeira Copa América vamos lutar por uma vaga na repescagem e esta é a realidade, ninguém vai fazer milagres. Esta é a realidade hoje e não é de material humano, mas de uma lapidação tardia. Muitas jogadoras que estão em desenvolvimento miramos o que serão pós-Copa América, outras por idade já não poderemos contar em uma outra edição. Então, há todo este processo e estratégia de escolha dos treinadores da base para que possamos ter a mesma metodologia e acelerar um pouco o processo. Nesta lógica, acreditamos que oito anos é um tempo que poderemos estar competindo", concluiu a técnica.


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