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Ampla desigualdade marca desenvolvimento do futebol nacional

Gazeta Esportiva

Por Redação

São Paulo, SP
O futebol é sem dúvidas o esporte mais popular no Brasil. Ao redor do país, milhões de pessoas dedicam seu tempo a assistir a partidas e torcer para seus respectivos times do coração. Contudo, são poucos aqueles que tem a oportunidade de acompanhar um clube profissional fundado em seu município.

Dados da Pluri Consultoria evidenciam como o desenvolvimento do futebol é bastante desigual ao longo do território nacional. Segundo a empresa, apenas 422 cidades apresentaram alguma equipe profissional atuando no ano de 2019, o que representa 7,6% do total no Brasil.

Mais de 90% dos municípios do Brasil não apresentam ao menos um time profissional (Foto: Reprodução/Pluri Consultoria)



Entre essas, as capitais são as que contam com uma maior quantidade de times qualificados. O Rio de Janeiro lidera com 23, seguido por Brasília com 18 e Belém, com 13. Já entre os Estados, os mais desenvolvidos economicamente são os que apresentam mais clubes. São Paulo ocupa a primeira posição com 66. Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul aparecem em segundo, com 31, e Minas Gerais se encontra em terceiro, com 29.

Entretanto, apesar de ter mais equipes profissionalizadas, São Paulo lidera a lista de territórios com mais de 100 mil habitantes que apresentam cidades sem ao menos uma. De 106 no país, 40 estão localizadas na região paulista, que é continuada por Minas Gerais com 13 e Bahia, com 10.

Capitais dos Estados representam maior parte de cidades com clubes profissionais (Foto: Reprodução/Pluri Consultoria)



Tais informações mostram como há um grande número de cidades no Brasil que, por estarem afastadas dos principais centros econômicos, acabam tendo seu potencial esportivo pouco explorado, o que leva a população a procurar partidas de outras regiões ou optar por formas distintas de entretenimento.

Além disso, deixam explícito como o principal esporte do país desperdiça chances de se desenvolver em larga escala e revelar craques espalhados pelo extenso território nacional. Assim, o processo de profissionalização acaba sendo bastante limitado, deixando o Brasil mais distante de se transformar em uma indústria de futebol relevante em âmbito mundial.

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