Na última semana, a defesa do atleta entregou o seu passaporte espanhol, com o objetivo de mostrar que não há risco de fuga. Além disso, para dar entrada no recurso nas próximas horas, o documento brasileiro deve ser anexado.
Segundo o portal brasileiro, a advogada da família de Daniel Alves, Miranda Fuente, e o criminalista Cristóbal Martell, que trabalham na defesa do jogador, tem como objetivo procurar indícios e informações para comprovar que a relação foi consensual, assim como afirmou o defensor em seu segundo depoimento.
Caso o pedido não seja aceito, o lateral vai ter que responder preso até o julgamento, que ainda não tem uma data definida.
Entenda o caso
Daniel Alves foi preso na última sexta-feira, após prestar depoimento voluntariamente à polícia de Barcelona, na Espanha, por uma acusação de agressão sexual contra uma jovem de 23 anos em uma boate local, chamada Sutton.
As autoridades catalãs informaram que o jogador deve permanecer detido até que ocorra o julgamento do caso, ainda sem data definida. Mais tarde no mesmo dia, o Pumas, do México, anunciou a rescisão contratual do lateral de 39 anos de idade.
A juíza do processo, Maria Concepción Canton Martín, ordenou prisão preventiva sem fiança de Daniel Alves, a pedido do Ministério Público. Foi ela quem ouviu todos os depoimentos (da denunciante, de Daniel e de um amigo do atleta que estava presente na boate) e teve acesso às provas apresentadas pela jovem.
Daniel Alves nega todas as acusações, mas mudou ao menos três vezes sua versão dos fatos. Ele foi levado ao Centro Penitenciário Brians 1, nos arredores de Barcelona, mas, na última segunda, acabou transferido ao Brians 2 por questões de segurança. Caso seja condenado, o jogador pode pegar uma pena de até 15 anos.
A advogada da vítima informou que Daniel não usou camisinha e que sua cliente passou por tratamento para evitar doenças sexualmente transmissíveis.