Dirigentes do Corinthians e Bruno Méndez são suspensos pelo STJD; veja punições - Gazeta Esportiva
Dirigentes do Corinthians e Bruno Méndez são suspensos pelo STJD; veja punições

Dirigentes do Corinthians e Bruno Méndez são suspensos pelo STJD; veja punições

Gazeta Esportiva

Por Redação

29/11/2023 às 19:45 • Atualizado: 30/11/2023 às 15:49

São Paulo, SP

Os dirigentes Duilio Monteiro Alves e Alessandro Nunes foram suspensos após julgamento realizado nesta quarta-feira, pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), por conta dos episódios registrados durante o jogo contra o Grêmio, em Porto Alegre, no dia 12 de novembro. O zagueiro Bruno Méndez, expulso no confronto, também foi punido.

Duilio, presidente do clube, foi suspenso por 15 dias e multado em R$ 10 mil por ofender a arbitragem. Já Alessandro, gerente de futebol, pegou gancho de 60 dias e terá que pagar R$ 10 mil por tentar invadir a sala do VAR e por ofender o juiz do duelo. Méndez, por sua vez, foi suspenso por dois jogos devido a "jogada violenta", em lance que acabou expulso depois de acertar com força excessiva o atacante Lucas Besozzi. A decisão é de primeira instância e o Corinthians deve tentar efeito suspensivo para contar com o trio nas próximas duas rodadas do Campeonato Brasileiro.

Alessandro, vale lembrar, já estava suspenso preventivamente por 30 dias há cerca de uma semana e não compareceu aos jogos do Timão contra Bahia e Vasco.

No caso de Bruno Méndez, o zagueiro já ficou de fora da partida contra o Bahia, na Arena, por suspensão. Portanto, o beque tem apenas mais um jogo de pena para cumprir.



Veja a argumentação do Corinthians, representado pelo diretor jurídico Daniel Bialski:


“Nem o Corinthians, nem o Alessandro e nem o presidente estão satisfeitos por estarem aqui sendo julgados, mas o ânimo na partida não era normal. O jogador Bruno sequer deveria ter sido expulso. Jogada que pode ter sido com força desproporcional mas nessa jogada não se verifica qualquer tipo de dolo excessivo, agressividade ou vontade de machucar. Alguns atletas chegam atrasados e a imprudência acaba gerando a expulsão. Já foi punido com a automática e se requer sua punição somente nessa partida de suspensão.

Presidente Duilio , o árbitro copia e cola o que teria dito o presidente Duilio e o Alessandro. O que houve sim foi um bate-boca reclamando pelo erro grosseiro ocorrido naquela partida. A prova trazida mostra que ele errou mas não ofendeu o árbitro. Ele nunca teve qualquer processo ou acusação. Essas palavras que o árbitro disse que foi dito não condizem com sua conduta. Por absoluta falta de provas, o presidente tem que ser absolvido.

O gerente Alessandro foi punido há um ano por entrar em campo para comemorar um gol. Alessandro estava ali num estado anímico totalmente diferente. Ameaçado com sua família e revoltado por mais um erro cometido contra o Corinthians. Ele se arrependeu imediatamente e fez o pedido de desculpas assim que retornou a si e viu o que tinha feito. Não há nenhuma prova de dano efetivo, laudo ou algo que foi quebrado. Ele tem que ser absolvido no artigo 219. Também denunciado nos artigos 243-C e 243-F. O Alessandro não ameaçou ninguém. O vídeo está aí e o próprio relato do árbitro não mostra nenhum tipo de ameaça e a defesa pede a absolvição. O artigo 243-F por ofender e o 258-B por invadir, os fatos são incontroversos e o pedido da defesa é pelo princípio da absorção e seja apenado no caput do artigo 258 por conduta contrária à ética”.

Relembre o caso


Durante o intervalo do jogo entre Grêmio e Corinthians, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, o  gerente de futebol Alessandro tentou invadir a sala técnica do VAR. O dirigente ficou muito irritado com a não marcação do pênalti em Matheus Bidu, em lance que antecedeu a expulsão de Méndez.

Além disso, o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima relatou em súmula ofensas de Alessandro e Duilio:

"Informo que na saída da equipe de arbitragem do campo de jogo, após término do primeiro tempo, fomos abordados por diretores do  S.C. Corinthians Paulista, na zona mista, vindo em nossa direção de forma grosseira e ostensiva, sendo contidos por policiais. Dentre eles foi possível identificar o presidente Duilio Monteiro Alves, e o gerente de futebol Alessandro Mori Nunes, onde o gerente citado proferiu de forma grosseira e ofensiva as seguintes palavras: 'Vagabundo, você é safado, tendencioso, seu ladrão'. Em seguida o presidente acima citado, foi até a entrada do vestiário da equipe de arbitragem proferindo as seguintes palavras: 'Seu vagabundo, ladrão', informo ainda que o mesmo não conseguiu o acesso ao vestiário da arbitragem devido a intervenção da polícia."

Após a partida, Alessandro explicou seu comportamento no local que não era permitida a entrada de dirigentes e imprensa: "Era uma área reservada para o VAR, mas eu fui protestar pela incompetência do (Rafael) Traci em ter auxiliado o árbitro de campo no pênalti escandaloso como aquele. Não é um comportamento decente para um gerente de futebol. Eu precisava me manifestar, foi uma forma de protesto, não foi agressão. Bati na porta, ela estava fechada, mas se tivesse aberta eu, com certeza, falaria com alguém como fiz falando com o árbitro do jogo mesmo de uma forma mais ríspida. Foi um protesto. peço desculpas novamente pelo nosso segurança ter tomado o segurança do colega de vocês (imprensa) mesmo ele estando em uma área indevida como eu estava naquele momento", disse.

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