O sucesso de Gabriel Medina, primeiro brasileiro a ganhar o título mundial de surfe, pode ser medido na loja mantida pela família em Maresias. Após a ascensão do jovem que completa 21 anos nesta segunda-feira, o preço das pranchas vendidas no local dobrou.
Localizado na orla da praia de Maresias, o estabelecimento oferece produtos da marca Rip Curl, patrocinadora de Medina. O surfista brasileiro costuma repassar à loja algumas pranchas que utiliza durante as competições, equipamentos cada vez mais concorridos.
“É possível perceber bem a diferença pelas pranchas. Antigamente, elas vinham e ficavam bastante tempo aqui antes de alguém comprá-las. Além disso, o preço também era menor. Agora, vendemos as últimas oito que chegaram no mesmo dia”, comenta Suzana Galdino, 22, gerente da loja.
As pranchas usadas por Gabriel Medina, anteriormente vendidas por R$ 600 a R$ 700, hoje custam de R$ 1,2 mil a R$ 1,5 mil. Antes mesmo da conquista do título, logrado na noite da última sexta-feira, a loja administrada pela família em Maresias já tinha uma lista de espera, formada não apenas por surfistas.
“Um rapaz de Curitiba já pediu duas pranchas e vai viajar até aqui só para buscá-las. Outro cliente de São Paulo adquiriu três. Todos os dias recebemos ligações de gente interessada. Algumas pessoas que nem surfam compram as pranchas só por serem fãs. É para expor no escritório ou em casa”, conta Suzana.
No site oficial de Gabriel Medina, há uma seção exclusiva para o estabelecimento. “Visite a minha loja em Maresias! É uma loja temática, com mural de fotos e vídeos das principais etapas. Aproveite para conhecer e tirar uma foto com os quatro troféus das etapas que conquistei”, diz o texto, embora as taças não estejam expostas no momento.
Além das pranchas, estão à venda uma série de acessórios e roupas, entre elas os produtos da linha assinada por Gabriel Medina. De acordo com Suzana Galdino, aproximadamente metade dos clientes pergunta pelo dono da loja, quase sempre em busca de autógrafos.
“Se tiver o nome do Gabriel Medina pelo menos na etiqueta, a galera já compra”, relata a gerente. O surfista raramente aparece no estabelecimento, administrado pelo padrasto Charles Serrano e aberto apenas durante a alta temporada.