Medina quer curtir sucesso onde mais ama: Maresias - Gazeta Esportiva
André Sender
São Sebastião (SP)
12/22/2014 00:11:28
 

O brasileiro Gabriel Medina há anos viaja buscando as melhores ondas do mundo e sua competência, da Gold Coast na Austrália a Pipeline no Havaí, fez dele o primeiro atleta nacional campeão do Circuito Mundial de surfe, o WCT. Agora, o paulista quer aproveitar o sucesso no lugar de que mais gosta: a praia de Maresias, em São Sebastião.

Medina conquistou o Mundial de surfe nesta semana, com seu desempenho em Pipeline, no Havaí. Ele poderia ter garantido o título com uma etapa de antecipação, em Portugal, mas só logrou o feito no estágio final do ano. Anterioramente, o melhor resultado de um surfista nacional no WCT era o terceiro lugar alcançado por Victor Ribas em 1999.

“Ainda é Maresias. Amo minha casa”, garante Medina, questionado pela Gazeta Esportiva sobre seu lugar preferido, a despeito de ter na rotina visitas a cenários paradisíacos, como as praias de Fiji e do Taiti.

Campeão mundial, Gabriel Medina cresceu na Praia de Maresias, na cidade de São Sebastião (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Campeão mundial, Gabriel Medina cresceu na Praia de Maresias, na cidade de São Sebastião (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

O surfista brasileiro começou a chamar a atenção no Circuito Mundial em 2011, quando venceu a etapa de Hossegor, na França, com apenas 17 anos e tornou-se o atleta mais jovem a triunfar na elite do surfe. O rápido e constante sucesso já lhe rendeu mais de US$ 1 milhão em premiação.

Quem administra o dinheiro é a família, mas Medina fez questão que parte dele fosse utilizado na construção de uma ampla casa em um condomínio fechado. Em frente à praia de Maresias, obviamente.

“Ainda não consegui curtir esse momento no Brasil. Tenho viajando muito, mas nos outros países também estou sendo bem reconhecido. Gosto desse carinho”, explica o atleta, já imaginando um aumento no assédio dos fãs quando estiver no País. “Continuo fazendo as mesmas coisas de antes. Não sei no Brasil, vamos ver”, completa.

Junto ao reconhecimento dos torcedores, Gabriel Medina espera crescimento no número de praticantes do surfe no Brasil. Dos 36 atletas que disputaram o WCT neste ano, sete eram brasileiros: o campeão de 2014, Adriano de Souza, Miguel Pupo, Filipe Toledo, Jadson André, Alejo Muniz e Raoni Monteiro. A Austrália teve 14 representantes. Os Estados Unidos, oito (contando três havaianos).

“Aumentará muito o número de praticantes e acredito que isso seja bom para o esporte em todos os sentidos. Evoluímos o meu treino, principalmente a parte física, e isso contribuiu para melhora da performance. Assim, os resultados vieram”, celebra Gabriel Medina.



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