Cadê os gols? De 30 rodadas, São Paulo completa 11º jogo sem marcar - Gazeta Esportiva
Cadê os gols? De 30 rodadas, São Paulo completa 11º jogo sem marcar

Cadê os gols? De 30 rodadas, São Paulo completa 11º jogo sem marcar

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

14/10/2016 às 08:00 • Atualizado: 14/10/2016 às 09:21

São Paulo, SP

A situação do São Paulo no Campeonato Brasileiro já deixou de ser incômoda e é muito preocupante dentro do clube. O temor com a proximidade à zona de rebaixamento a oito rodadas do fim da competição é grande. Antes, dirigentes, comissão técnica e jogadores evitavam assumir essa condição e se mostravam confiantes em uma reação. Mas, depois da série de cinco jogos sem vitória, completada nesta quinta-feira diante de uma derrota para o Santos, no Pacaembu, o clima é outro. E, na busca por uma resposta, sobrou para os atacantes.

A parcela de culpa do setor para a crise tricolor se tornou unanimidade. Ninguém mais consegue negar que a ineficiência ofensiva tem custado caro e é o que precisa ser corrigido para que o São Paulo consiga se livrar de vez do risco de jogar a Série B na próxima temporada.




“Se for analisar quantos gols nós perdemos desde o jogo do Flamengo, desde o jogo com Coritiba, Atlético-PR...Nosso problema realmente é a força ofensiva, que por conta da saída de grandes jogadores que nós tínhamos é o setor que mais sente. A defesa está arrumada e falta realmente o poder de fogo no ataque”, comentou Marco Aurélio Cunha, executivo de futebol do clube, depois de revés em um clássico que os são-paulinos não podem reclamar de falta de oportunidade.

A equipe de Ricardo Gomes teve mais posse de bola que o Peixe (52% a 48%) nesta quinta e finalizou 15 vezes a gol. Porém, apenas cinco tentativas acertaram o alvo. Dez chutes saíram sem direção. Ainda foram 32 cruzamentos à área, mas 25 equivocados, além de nove escanteios.

Os números mostram o domínio do São Paulo no clássico, mas só escancaram ainda mais a dificuldade em ser efetivo. "Quem não faz, toma. Uma equipe grande como o São Paulo, na zona (de rebaixamento), é difícil. A pressão já é grande quando está em cima, imagina embaixo”, comentou o capitão Maicon. "Tem hora que nem tem mais desculpas. As coisas simplesmente não acontecem", lamentou Hudson. "Jogamos bem, mas a bola não está entrando", completou o goleiro Denis.



O São Paulo não marcou gols em 11 dos 30 jogos que fez até aqui no Brasileirão e tem o terceiro pior ataque do campeonato com 28 gols marcados. Apenas América-MG e Figueirense são piores nesse quesito. Chavez e Cueva são os artilheiros do time no nacional com cinco gols cada.

O argentino, porém, depois de empolgar com um início arrasador, vive uma seca de sete jogos sem balançar as redes. Nesta quinta, o camisa 9 desperdiçou uma chance incrível no segundo tempo e aumentou ainda mais a pressão sobre si e sobre o setor em que é referência, já que dos outros atacantes do elenco, apenas Kelvin marcou gol, e mesmo assim apenas um no Brasileiro.

Com isso, Ricardo Gomes já deixou claro que pretende mexer no setor. Robson, que iniciou o clássico com o Santos e foi bem, deve ganhar nova oportunidade contra o Fluminense, na próxima rodada. Outro que pede passagem é Jean Carlos. O meia foi elogiado pelo treinador mesmo tendo atuado poucos minutos do segundo tempo no San-São e não será surpresa vê-lo em campo no Rio de Janeiro. Wesley, hostilizado pelo torcida, um dos volantes (Thiago Mendes e Hudson) e até mesmo Kelvin correm risco de perder uma vaga entre os titulares. Apesar da má fase, por ora, dificilmente Chavez deixará de ser o centroavante.

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