O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) anunciou neste domingo a suspensão de toda a delegação russa dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Previsto para iniciar no próximo dia 7 de setembro, o evento se opõe aos Jogos Olímpicos, que estão recebendo atletas do país após o Comitê Olímpico Internacional (COI) deixar nas mãos das federações internacionais de cada modalidade a decisão de banir ou não nomes russos do Rio 2016.
O presidente do IPC, Philip Carven, falou em entrevista coletiva concedida no Rio de Janeiro que a decisão da entidade foi pautada no Relatório McLaren, de autoria da Agência Mundial Antidoping (Wada). Divulgado em julho, o documento aponta atletas russos em casos de dopagem que contaram com o apoio, inclusive, de órgãos do Governo do país.
A agência de espionagem russa e o Ministério dos Esportes foram alguns dos órgãos russos que contribuíram para que os testes positivos dos exames antidopings fossem escondidos e os atletas pudessem competir. Anteriormente, a Wada já havia realizado investigações que apontavam a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) como uma das entidades que colaborou para o sucesso da fraude.
No mês passado o Comitê Olímpico Internacional já havia sinalizado de que a Rússia não participaria dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. “Diante da cultura de doping russa em todos os mais altos níveis do esporte, o Comitê Paralímpico Russo parece incapaz ou sem vontade de colaborar e cumprir com aquilo que aparece no Código Antidoping do IPC”.
