De acordo com Raissa, a doença aconteceu após a participação nos Jogos devido a uma falta de objetivo, o que acontece com diversos atletas após o término do ciclo.
"Venho de depressão também, porque após as Paralimpíadas ninguém fala muito abertamente sobre isso, mas, nós atletas, quando a gente chega lá fica meio perdido, porque conseguiu a meta. Você precisa ter outra meta. É como se a gente precisasse todos os dias de uma inspiração", disse.
A busca por ajuda psicológica foi uma oportunidade para que ela se conhecesse melhor e chegue mais forte para Paris.
"A melhor coisa que eu fiz na minha vida foi ter ido atrás de uma psicóloga. Além disso, uma mulher negra que iria me ajudar a entender o que estava passando por dentro de mim. Eu tive várias cicatrizes, eu sofri muito preconceito quando eu era mais novinha. E isso vai fazer total diferença nas Paralimpíadas de Paris 2024, que vai ser incrível", completou.
A NOSSA ATLETA DA GALERA DO PRÊMIO PARALÍMPICOS DE 2022 É A RAISSA MACHADO!
Nós temos muito orgulho de você e estaremos sempre vibrando e torcendo muito por cada conquista sua! ❤️#LoteriasCaixa#AtletaDaGalera#PrêmioParalímpicos pic.twitter.com/poQCLUeldP
— Comitê Paralímpico Brasileiro (@BraParalimpico) February 9, 2023
Raissa Machado, por fim, tem a meta de superar o desempenho em Tóquio e terminar no lugar mais alto do pódio em Paris 2024.
"Agora, eu acho que eu tenho maturidade o suficiente e consigo entender que agora a gente precisa do ouro no lançamento de dardos. Depois de seis meses das Paralimpíadas, eu bati o recorde mundial e com a marca eu era ouro. Então, eu acho que é tudo no planejamento de Deus e a gente precisa respeitar o momento", finalizou.
Após a prata, Raissa Monteiro seguiu como um dos destaques da modalidade, sendo a detentora do recorde mundial. O ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e a prata no lançamento de dardo no Mundial Paris 2023 são os seus principais feitos neste ciclo.