Defesa de Al Hussein acusa Fifa e pede adiamento das eleições
Por Redação
23/02/2016 às 08:43
São Paulo, SP
Rival de Joseph Blatter nas últimas eleições, que tiveram o resultado cancelado após o escândalo deflagrado em maio passado, o príncipe da Jordânia, Ali Bin Al Hussein, enviou uma petição ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) para pedir o adiamento das eleições presidenciais na Fifa, marcadas para sexta-feira.
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De acordo com os advogados de defesa do príncipe, Francis Szpiner e Renauld Semerdjian, a ação foi motivada pela recusa da Fifa em acelerar o processo de instalação das cabines de votação transparentes. Segundo a entidade máxima do futebol, no entanto, a colocação das cabines não foi feita antecipadamente para não antecipar discussões.
Na segunda-feira, dia que marcou o início da semana decisiva para a Fifa, Ali Bin Al Hussein já havia endereçado uma carta ao TAS, com sede na cidade suíça de Lausanne, para protestar a favor das cabines de votação. Segundo a defesa do príncipe, o comportamento da Fifa é, no mínimo, tendencioso.
“Ao invés de aceitar a proposta do Ali de disponibilizar cabines transparentes, constatamos que a Fifa não faz nada mais que um simples pedido aos eleitores para que deixem os celulares no momento em que vão votar. Essa atitude é incompreensível, exceto se desejam não garantir a transparência das operações”, reclamaram os advogados em entrevista à AFP.
Champagne também reclama de procedimentos
Aliado de Blatter na Fifa durante algum tempo, Jérôme Champagne também aderiu às questões reclamadas pelo príncipe Ali. Segundo o francês, a presença de alguns membros da Uefa e da Confederação Asiática de Futebol no processo poderiam favorecer outros candidatos – no caso, Gianni Infantino e Salman Bin Ebrahim Al Khalifa, respectivamente.
O candidato pediu que a comissão organizadora do pleito cancele este tipo de “privilégio”. “Fica claro que isso revela o objetivo de encher o Congresso com empregados das confederações”, declarou Champagne, lembrando que todas as 209 federações têm igual direito de escolha para definir o próximo mandatário.