“Feliz”, Jean alega que foi mal interpretado após eliminação - Gazeta Esportiva
“Feliz”, Jean alega que foi mal interpretado após eliminação

“Feliz”, Jean alega que foi mal interpretado após eliminação

Gazeta Esportiva

Por Helder Júnior e Lorenzo Meyer

22/08/2018 às 11:05 • Atualizado: 22/08/2018 às 14:44

São Paulo, SP

Reserva do São Paulo estava sorridente em um evento promovido por amigos (foto: Thiago Duran/AG News)


O goleiro Jean já parece conformado com a eliminação do São Paulo da Copa Sul-Americana, torneio em que o técnico Diego Aguirre lhe concedeu a oportunidade de ser titular. No início desta semana, ele encontrou a Gazeta Esportiva em um evento de amigos na Zona Sul da capital paulista e, em quatro minutos, repetiu quatro vezes que se sente “muito feliz” somente por defender o mesmo clube do concorrente Sidão.

Em outros tempos, Jean não se mostrou tão satisfeito quanto nesta breve entrevista. Ele teve um atrito público com o colega com quem disputa o posto em que Rogério Ceni fez história. Por esse motivo, a lamúria dele com a eliminação nos pênaltis para o argentino Colón, na Sul-Americana, repercutiu tanto. “Acabou para mim”, desabafou o goleiro reserva, na ocasião, ciente de será difícil barrar Sidão em meio à boa campanha do São Paulo no Campeonato Brasileiro.

Gazeta Esportiva: Você estava bem chateado após o São Paulo ser eliminado pelo Colón. Chegou a dizer que “acabou”. Como está se sentindo agora?
Jean:
Ah, então... Fui muito mal interpretado na declaração que dei. Em momento algum, quis dizer que, tipo, não estou nem aí para o Brasileiro. Falei que acabou porque a Sul-Americana era a competição que eu estava jogando e, infelizmente, não vou poder mais jogar. Foi por isso que senti tanto. Mas, em momento algum... Até fui muito criticado, mas não quis dizer que não estava com o grupo, que não estava contente.

Gazeta Esportiva: Hoje, você está contente?
Jean: Estou muito feliz. Só o fato de estar no São Paulo já é uma felicidade enorme para mim, um orgulho. Visto a camisa de um gigante do Brasil. A interpretação do que falei foi meio maldosa por parte da imprensa. Quiseram colocar como se eu tivesse... Até mudaram a forma do que eu disse. Não é que o ano acabou para mim. É lógico que não. Estamos brigando pela ponta do Campeonato Brasileiro e, se eu for campeão, será a melhor coisa que acontecerá na minha vida. Só que, infelizmente, não posso mais representar o São Paulo na Sul-Americana, a competição que eu estava jogando.




Gazeta Esportiva: Como é ser concorrente do Sidão?
Jean: A briga pela vaga é totalmente sadia. O Sidão é um grande goleiro e está fazendo um grande campeonato. Espero que continue assim para que possamos conquistar o Brasileiro.

Gazeta Esportiva: Não está na expectativa para ter uma nova brecha para jogar?
Jean: Estou bem tranquilo. Trabalhei muito para chegar ao São Paulo. Hoje, estou onde queria. Então, vou trabalhar com calma para conseguir a titularidade e, em breve, poder ajudar também dentro de campo. Mas estou muito feliz, ajudando como posso. Se não ajudo dentro de campo, ajudo nos bastidores. Vou continuar colaborando do jeito que for possível.

Gazeta Esportiva: Está ansioso para adicionar um título brasileiro ao seu currículo?
Jean: Estou muito feliz com o momento do São Paulo. Não sei se é coincidência, mas, graças a Deus, aonde chego, sempre conquisto títulos. Foi assim no Bahia e, de certa forma, na Seleção Brasileira sub-20 – ficamos com o vice no Mundial, mas chegamos longe. Agora, no São Paulo, estamos na ponta da tabela. É um momento de extrema felicidade, e queremos continuar assim para conquistar o título.



Gazeta Esportiva: O seu pai (o ex-goleiro Jean) rodou bastante ao longo da carreira e também teve a chance de tentar buscar espaço em um grande clube paulista, o Corinthians. Ele te aconselha?
Jean: Converso bastante com o meu pai, mas não tanto sobre futebol. Falamos mais sobre coisas da vida, pessoais. Quando ele comenta de futebol, é para me aconselhar, para me ensinar o caminho correto. Ele tem experiência e sabe os atalhos para a gente chegar lá. As orientações são nesse sentido.

Gazeta Esportiva: O Tite resgatou a tradição de convocar jovens goleiros para a Seleção Brasileira ao chamar o Hugo, de 19 anos, do Flamengo. Você tem 22. O que pensa a respeito?
Jean: Logo que cheguei ao São Paulo, o Taffarel (preparador de goleiros da Seleção) até deu uma declaração sobre mim. Fiquei muito feliz e lisonjeado por ter vindo do Taffarel, um cara que foi um grande goleiro. Mas, para ser convocado, preciso fazer por merecer. Primeiro, tenho que jogar pelo São Paulo. Se for convocado antes disso por causa da minha idade, ficaria muito feliz. Só que prefiro ser convocado por merecimento. Quero jogar e mostrar o meu trabalho para, aí, sim, ser chamado.

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