Sampaoli critica protesto da torcida do Santos: "Parece injusto" - Gazeta Esportiva
Sampaoli critica protesto da torcida do Santos: "Parece injusto"

Sampaoli critica protesto da torcida do Santos: "Parece injusto"

Gazeta Esportiva

Por José Victor Ligero

09/06/2019 às 22:25 • Atualizado: 09/06/2019 às 22:25

Santos, SP




Apesar da vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, o técnico do Santos, Jorge Sampaoli, foi de semblante fechado para a entrevista coletiva após o duelo deste domingo, na Vila Belmiro. O que fez o treinador sair do sério foi comentar os protestos realizados pela torcida do Peixe antes, durante e após o confronto válido pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro.

"Eu vim aqui ao futebol brasileiro para tentar mostrar minha forma de jogar. Não se pode jogar com pressão ou trocar a realidade estabelecida. Temos uma equipe extremamente jovem. Se as pessoas não têm paciência, que se termine”, esbravejou o argentino.

Após o apito final, a Torcida Jovem exigiu a vitória no clássico contra o Corinthians: “Se quarta-feira não ganhar, olê olê olá, o pau vai quebrar". O tom da cobrança não agradou Sampaoli, ciente das críticas que a equipe sofreu após a eliminação para o Galo na Copa do Brasil.

“Não sei como ganhar de qualquer jeito. Só sei ganhar jogando, como foi hoje. No Pacaembu, nós quisemos passar de qualquer jeito. Lamentavelmente a necessidade e a ansiedade atentam contra o jogo. Simples”, disse.

"Se vamos tentar ganhar de qualquer jeito, viremos com revólveres e mataremos os rivais. Santos vai jogar com a mesma dignidade que jogou no Pacaembu, hoje. Tentando jogar com a bola, sem pressão, e com esse caminho vamos. Se a proposta se instala dessa forma (de pressão), não tem sentido eu estar aqui”, acrescentou.



Além de jogar pressão sobre os jogadores, a torcida também fez cobranças à diretoria, especialmente ao presidente José Carlos Peres. Na entrevista, Sampaoli disse não concordar com os protestos, que exigiram a conquista do Brasileirão, e citou a influência política por trás deles.

"O protesto pela falta de empenho dos jogadores me parece injusto. Totalmente. Eles jogam o que podem. O que mais gera entusiasmo nas pessoas é a polêmica. E por esse caminho vamos. Há muita mescla da política no futebol através de grupos políticos dentro de cada clube. Assim fica difícil instalar uma ideia”, lamentou.

Vice-líder do Brasileirão, com 17 pontos, o Santos volta a campo na próxima quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), para fazer o clássico contra o Corinthians, na Vila, pela nona rodada do torneio, a última antes da pausa para a Copa América.

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