Análise: Corinthians precisa deixar o passado para trás e jogar o presente com olhos em 2023 - Gazeta Esportiva
Análise: Corinthians precisa deixar o passado para trás e jogar o presente com olhos em 2023

Análise: Corinthians precisa deixar o passado para trás e jogar o presente com olhos em 2023

Gazeta Esportiva

Por Redação

27/10/2022 às 07:00

São Paulo, SP

Por Marina Bufon

Se o Corinthians pudesse escolher, certamente não teria entrado em campo na noite desta quarta-feira, quando acabou perdendo para o Fluminense por 2 a 0, em plena Neo Química Arena.

Diante de uma equipe contra a qual já havia duelado em outras três oportunidades anteriores, acabou sendo engolido, ainda mais após perder Gustavo Silva (e sua estratégia de jogo) no primeiro minuto.

Assim como já aconteceu em outras (várias) oportunidades, o Corinthians tomou um gol cedo, “de bobeira”, utilizando as mesmas palavras do goleiro Cássio.

Diferentemente de outras ocasiões, nas quais foi atrás do resultado, a atuação apática tomou conta, ainda mais com um esquema modificado com a entrada de Ramiro no lugar de Mosquito e sem Yuri Alberto, suspenso - Róger Guedes atuou centralizado, algo que não gosta de fazer e não rende.

Para piorar, o time perdeu Renato Augusto, após sentir a coxa, e Balbuena, no intervalo, também com desconforto. Assim como Mosquito, que corre o risco de ter rompido o ligamento do joelho, eles são dúvida para o próximo jogo, já no sábado, contra o Goiás.




Se o primeiro tempo foi ruim, o segundo foi pior. Ainda mais apático, mas aparentando estar nervoso, o Alvinegro cometeu mais faltas e teve poucas investidas ofensivas, sendo difícil ao torcedor acreditar que um empate poderia acontecer.

O Flu, por outro lado, teve um gol corretamente impedido e outro do ótimo Germán Cano, que chegou aos incríveis 20 gols no Brasileirão, dando os números finais do duelo, com resultado justo.

Já o Corinthians chegou em apenas uma oportunidade, em cruzamento de Mateus Vital para Giovane, que obrigou grande defesa de Fábio. Essa foi a única chance real de gol e aconteceu apenas após os 40 minutos da etapa complementar.

A meu ver, porém, vários aspectos que não entraram em campo têm relação direta com o revés - um deles, sim, é a indecisão de Vítor Pereira quanto à sua permanência, independentemente do quanto é difícil ter que decidir diante do que há em jogo para ele.

Além disso, como falado por jogadores na zona mista e o próprio VP nas coletivas, é a perda do título da Copa do Brasil. Nas falas do técnico, "o balão estourou" após tantas expectativas criadas (e não correspondidas) e que, apesar de precisarem reagir rápido, "não somos máquinas".

Outro é a "falta de braço" - ou perna, no jargão do futebol - para colocar em campo, ou seja, não há opções, como não houve em vários momentos na temporada.

O time, antes do duelo, não podia contar com Yuri, suspenso, mas também Adson, Xavier, Maycon e Rafael Ramos, no departamento médico, além de Júnior Moraes, que nem foi relacionado - "está tendo uma temporada que nem tenho contato com ele", disse o treinador.

Para piorar, o saldo após o jogo contra o Flu foi negativo também nesse aspecto, já que Gustavo Silva, Renato Augusto e Balbuena são dúvida para o próximo compromisso, enquanto Ramiro foi suspenso.

A atuação diante do Fluminense foi ruim, mas, caso o resultado tivesse vindo, não importaria. A briga era direta pelo G4 (ainda que já tenha virado G5 por conta do Flamengo e seu título da Copa do Brasil), então pesa ainda mais.

No entanto, é possível entender por que a atuação foi assim e, diante de um adversário como os comandados de Fernando Diniz, o resultado certamente seria uma derrota mesmo.

O Corinthians tem mais cinco jogos pela frente - Goiás, Flamengo, Ceará, Coritiba e Atlético-MG - e eles serão difíceis, independentemente de ser um adversário que briga contra o rebaixamento ou por uma vaga direta na Libertadores de 2023.

Utilizando uma frase já conhecida do arquirrival (que quase foi campeão brasileiro na última quarta), é preciso, principalmente agora, ter o coração quente e a cabeça fria (e rezar para o DM esvaziar) para conquistar o único objetivo que sobrou no ano.

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