Chape amarga 1º rebaixamento na semana em que completa três anos da tragédia - Gazeta Esportiva
Chape amarga 1º rebaixamento na semana em que completa três anos da tragédia

Chape amarga 1º rebaixamento na semana em que completa três anos da tragédia

Gazeta Esportiva

Por Redação

29/11/2019 às 08:30

São Paulo, SP

A Chapecoense sofreu seu primeiro rebaixamento da história (Foto: Marcio Cunha/ACF)


Depois de perder em casa para o Botafogo na última rodada, a Chapecoense está matematicamente rebaixada para a Série B do Campeonato Brasileiro. Essa foi a primeira queda da história do clube, e vem justamente na semana em que se completam três anos do acidente aéreo que vitimou jogadores, comissão técnica e diretoria, deixando a equipe completamente desestruturada.

Nas duas temporadas que se seguiram logo após a tragédia, a Chape conseguiu se manter na elite do futebol nacional e até conquistou alguns bons resultados, mas esse ano ficou marcado por problemas financeiros, renúncia de presidente e péssimo futebol.

Em 2017, a missão era começar do zero. Com a ajuda de outros clubes, o Verdão montou um elenco com bons nomes, como Wellington Paulista, Reinaldo e Apodi, além dos sobreviventes Alan Ruschel e Neto. A diretoria também teve de ser inteiramente refeita. Plinio David De Nes Filho, então presidente do Conselho Deliberativo, assumiu o cargo máximo do clube ainda em dezembro de 2016.



Vagner Mancini foi o primeiro comandante após o desastre e foi responsável por um título catarinense, além de boas campanhas na Libertadores e Sul-Americana. Acabou demitido em julho de 2017, em uma decisão que pegou muitos de surpresa. Vinícius Eutrópio (que durou pouco) e Gilson Kleina vieram em seguida. A Chape acabou o Brasileirão daquele ano na oitava posição, melhor resultado da história da equipe e classificada para a fase preliminar da Libertadores.

Em 2018, a história não foi a mesma. O vice do catarinense, a eliminação na pré-Libertadores e o péssimo Campeonato Brasileiro marcaram um ano turbulento, com duas trocas de treinador. A Chape chegou à última rodada da Série A precisando vencer o São Paulo para não cair. Conseguiu, mas a situação já antecipava o que seria o ano seguinte.

E 2019 não foi nada fácil para o Verdão do Oeste. A temporada começou com mais uma troca de treinador, em março, quando Claudinei Oliveira foi demitido no meio do Catarinense, depois de também ser eliminado precocemente na Sul-Americana. O time ficou novamente com o vice estadual, já tendo Ney Franco no comando, dessa vez perdendo para o Avaí nos pênaltis.

O treinador só ficou até julho, quando foi dispensado após sofrer uma goleada por 4 a 0 para o São Paulo. Marquinhos Santos foi o substituto. E não só o futebol caminhou mal na Chapecoense. A diretoria também sofreu com a falta de dinheiro e, em novembro, o presidente Plinio David De Nes Filho renunciou ao cargo devido à pressão.

Finalmente, na noite desta quarta-feira, veio a confirmação do rebaixamento, após derrota para o Botafogo na Arena Condá. Com 28 pontos e na décima oitava colocação, o time já não consegue ultrapassar o Ceará, primeiro fora do ZR.

Alan Ruschel, um dos seis sobreviventes do acidente aéreo, emprestado ao Goiás, comentou a situação. "A Chapecoense a gente sabe que não caiu hoje. É difícil eu falar agora, pois estou em outra situação" disse o lateral, em entrevista ao canal Premiere. Ele ainda pertence ao clube catarinense.

O Verdão do Oeste volta a campo neste domingo, visitando o Santos pela 36ª rodada do Brasileirão.


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