Gazeta Esportiva

Presidente da Chapecoense se revolta e fala em imprudência do piloto

People pay tribute to the players of Brazilian team Chapecoense Real at the club's Arena Conda stadium in Chapeco, in the southern Brazilian state of Santa Catarina, on December 1, 2016. Players of the Chapecoense were among 81 people on board the doomed flight that crashed into mountains in northwestern Colombia, in which officials said just six people were thought to have survived, including three of the players. Chapecoense had risen from obscurity to make it to the Copa Sudamericana finals scheduled for Wednesday against Atletico Nacional of Colombia. / AFP PHOTO / DOUGLAS MAGNO
Advogados da Chapecoense estudarão o caso do acidente a partir de segunda-feira (Foto: Douglas Magno/AFP)

O presidente em exercício da Chapecoense, Ivan Tozzo, afirmou nesta quinta-feira que a queda da aeronave que transportava a equipe foi causada por uma imprudência do piloto Miguel Quiroga, morto no acidente. O mandatário afirmou estar revoltado com as informações que apontam que o avião caiu após sofrer uma pane seca por falta de combustível.

O acidente vitimou 71 pessoas no total, entre elas 19 jogadores e toda a comissão técnica da Chapecoense. “Não foi um problema do avião. Foi um problema de combustível. Foi um problema de pessoas que não pararam para abastecer”, afirmou Tozzo, em vídeo publicado pela BBC Brasil.

“Põe imprudência nisso. Não posso nem imaginar o que uma pessoa dessa pode ter feito. Como o cara tem 3 mil quilômetros de autonomia com o avião sem margem de segurança?”, indagou.

Tozzo declarou que os advogados da Chapecoense se reunirão na segunda-feira para estudar a abertura de uma ação penal contra a companhia Lamia, proprietária da aeronave acidentada na Colômbia. O mandatário ressaltou que, no momento, a prioridade é amparar as famílias das vítimas.

“Estou revoltado pelo que aconteceu. Todas essas vítimas por uma falha de uma companhia e de um piloto. Eu não tenho palavras para falar do que aconteceu agora”, disse.

Nesta quinta-feira, o jornal boliviano El Deber reportou que o plano de voo do avião estava irregular desde antes da decolagem. O piloto informou que a aeronave levaria 4 horas e 22 minutos para viajar entre a cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra – onde parou para abastecer – e Medellín. A autonomia do avião era justamente de 4 horas e 22 minutos.

Um especialista ouvido pelo El Deber disse que a aeronave deveria ter reservas de combustível para que a decolagem fosse autorizada. As investigações conduzidas pelas autoridades bolivianas já culminaram no afastamento dos diretores da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares da Navegação Aérea (Aasana) e da Direção Geral da Aeronáutica Civil (Dgac).

Está programado para as 8 horas (de Brasília) de sábado o velório coletivo no gramado do Arena Condá. Deverão ser veladas ao menos 51 vítimas no local – o número está sujeito a alterações. Os corpos passam por processo de embalsamento em Medellín e chegarão a Chapecó entre a meia-noite e as 6 horas do sábado.

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