Gazeta Esportiva

Elenco se reúne para coletiva, fala em união e pede apoio da torcida

(Foto: Cesar Greco/SEP)

O elenco do Palmeiras está unido. A sexta-feira parecia comum na reapresentação do Palmeiras na Academia de Futebol, quando Alberto Valentim daria entrevista coletiva na sala de imprensa. Após alguns minutos de espera, porém, os jornalistas presentes foram surpreendidos pela presença de todo o elenco alviverde ao lado do treinador interino.

“Conversei com o presidente (Maurício Galiotte), Alexandre (Mattos) e Cícero (Souza) para que pudesse mostrar que estamos unidos, juntos, para esses cinco jogos que restam, e o objetivo principal que é o G4. Aqui estão presentes os jogadores, eu representando a comissão, Cícero a diretoria. Muita gente importante não cabe aqui, pessoal de apoio, fisiologia, rouparia, pessoal que trabalha no hotel. Estamos representando o Palmeiras”, afirmou Valentim, que teve a ideia ainda em Salvador, após a derrota de quarta-feira para o Vitória.

Representantes do grupo, Edu Dracena, Dudu, Moisés e Fernando Prass sentaram-se ao lado de Valentim, enquanto os demais atletas ficaram de pé. De todo o grupo, 27 jogadores estiveram presentes – apenas Egídio, resolvendo problemas particulares, Yerry Mina e Borja, na seleção da Colômbia, não estavam presentes.

“Estamos todos juntos aqui porque, nos momentos bons, sempre falamos que tínhamos uma família. Agora, passamos por dificuldade, queremos provar que não vamos deixar que a responsabilidade caia em apenas um ou outro jogador. Somos um grupo nas horas boas, que fica mais unido nas difíceis. Antes do torcedor, a gente mesmo pensa em título, mas às vezes não acontece. Esse ano o Real Madrid não está fazendo uma boa temporada, depois de ganhar tudo ano passado… Futebol é assim. O Palmeiras se planejou, e não foi só para esta temporada, mas para anos seguintes também, o que não caiu por terra, temos muito a vencer. Queremos pedir o apoio do torcedor mais uma vez, a gente sabe que não é fácil, o torcedor e nós estamos nos sentindo envergonhados”, disse o meia Moisés.

Após o revés por 3 a 2 sobre o Vitória, na última quarta-feira, os muros do Palestra Itália foram pixados chamando o time de sem vergonha e questionando a ausência de Felipe Melo entre os atletas titulares. Em seguida, houve uma discussão e troca de xingamentos de Egídio com um torcedor durante desembarque do clube, e a principal organizada da equipe chegou a elaborar uma ‘lista de dispensas’ para 2018.

“O torcedor do Palmeiras, desde que eu me entendo por gente, sempre cobrou muito. Se pegarmos lá atrás, aconteceram coisas que não existem mais, agressões com jogadores… A pressão sempre existiu por se tratar de um grande clube, que briga por títulos. O Palmeiras fez sim grandes contratações. Existem números que mostram a saúde financeira do clube. Lógico que um ou outro demorou para render, mas foram contratações ótimas, pontuais para lutarmos pelos campeonatos. Quando se cria uma expectativa muito grande em relação a números, isso é passado para os torcedores, o que gera mais cobrança. Mas quero lembrar que, com investimentos menores no passado, essa cobrança já exista”, afirmou o técnico Alberto Valentim.

Além do fracasso no Campeonato Brasileiro, o Palestra caiu nas quartas de final do Campeonato Paulista para a Ponte Preta, nas quartas da Copa do Brasil para o Cruzeiro e nas oitavas de final da Libertadores para o Barcelona de Guayaquil. Ao todo, o Verdão investiu R$ 116,9 milhões em reforços neste ano.

“Um elemento importante que não tem como estar aqui é o nosso torcedor. Elemento fundamental na história do Palmeiras. O que eu quero falar com isso é que precisamos muito do nosso torcedor. Tem de saber que vamos precisar muitos deles nos jogos fora, onde tem nos acompanhado sempre, mas principalmente nos jogos em casa. É a mensagem que gostaria de passar”, finalizou Alberto Valentim, dois dias antes do duelo contra o Flamengo, às 17h (de Brasília), no Palestra Itália.

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