Diretor do Brasil Open não crava torneio em 2020, mas vê "chances enormes" - Gazeta Esportiva
Diretor do Brasil Open não crava torneio em 2020, mas vê "chances enormes"

Diretor do Brasil Open não crava torneio em 2020, mas vê "chances enormes"

Gazeta Esportiva

Por Fernanda Lucki Zalcman*

03/03/2019 às 20:55

São Paulo, SP

Roberto Marcher é o diretor do Brasil Open (Foto: Marcello Zambrana/DGW Comunicação)


Neste domingo, o Brasil Open chegou ao fim com o título do argentino Guido Pella e, na visão do diretor do torneio, Roberto Marcher, foi um sucesso. No entanto, com questionamentos sobre a viabilidade financeira do torneio, o diretor não garantiu a vigésima edição do ATP 250 de São Paulo em 2020, mas acredita que a capital paulista seguirá no calendário da ATP.

"Garantido é só a morte. Mas quanto torneio, as chances são enormes", declarou em entrevista coletiva após a grande decisão do torneio, que tem uma estimativa de público na casa de 25 mil pessoas ao longo da semana.

Dessa forma, se a aposta do diretor se concretizar, o Ginásio do Ibirapuera deverá receber mais uma vez o Brasil Open em 2020. O que para Marcher, não poderia ser melhor. "A nossa vantagem é que jogamos em uma maravilhosa quadra coberta e em um estádio que eu acho um dos melhores para assistir tênis. O Ibirapuera é um lugar fantástico. Nós tivemos tradição aqui, grandes jogos, e esse lugar virou quase um templo. É um santuário", enalteceu.

O diretor também falou sobre a Lei de Incentivo ao Esporte e minimizou o fato de a liberação da verba para o evento ter sido feita apenas uma semana antes do início do torneio. "Claro que a Lei de Incentivo é fundamental, mas já havia um plano b traçado, com patrocinadores. E a Lei de Incentivo nunca foi uma incerteza como publicou a imprensa, que faziam um tipo de terrorismo, sem a menor base do que estavam falando. Havia um plano B, então não havia uma preocupação", explicou.

Marcher destaca nova geração do tênis no Brasil Open e fala sobre "chave fraca"




Questionado sobre a chave fraca do torneio, sem nomes de muito peso, Roberto Marcher optou por destacar os jovens tenistas que passaram pelo Ginásio do Ibirapuera.

"Nós tivemos jogadores que estão em transição. Você vê jogadores como Felix Auger-Aliassime, que chegou na final do Rio de Janeiro contra o Djere. A final do Rio foi a nossa quartas de final. E esses jogadores mostram para quem gosta de tênis o potencial que eles têm e do pulo que vão ter (no ranking). Esse menino (Aliassime), que completa agora 19 anos, vai baixar muito, assim como o Djere, que tem um histórico de problemas emocionais. Então nosso torneio mostrou ao público jogadores que vão ser estrelas", exaltou.

O diretor também destacou que a única diferença entre o Brasil Open e o Rio Open eram os quatro cabeças de chave, já que o torneio paulistano não oferece garantias financeiras para atrair jogadores de mais destaque, como fez a competição carioca, trazendo nomes como Dominic Thiem, Fabio Fognini, Diego Schwartzman e Marco Cecchinato.

No entanto, esses tenistas não corresponderam às expectativas e acabaram sendo eliminados precocemente no ATP 500 do Rio de Janeiro, o que fez com que os dois torneios brasileiros ficassem muito parecidos na opinião de Marcher.

"A única diferença desses torneios (do Rio de Janeiro e de Buenos Aires) para o nosso são os quatro cabeças de chave. Cada um sabe onde bota seu dinheiro, mas aqui nós não pagamos garantias. No Rio de Janeiro, eles perderam nas primeiras rodadas, de forma até inesperada, em dois sets rápidos. E aí se eles perdem, os torneios ficam iguais. Claro que eles fazem a diferença, mas nós acabamos tendo uma final até melhor", concluiu.

*Especial para a Gazeta Esportiva

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