Geninho não pensa em aposentadoria e afirma: "Futebol é minha vida" - Gazeta Esportiva
Geninho não pensa em aposentadoria e afirma: "Futebol é minha vida"

Geninho não pensa em aposentadoria e afirma: "Futebol é minha vida"

Gazeta Esportiva

Por Felipe Leite e Luca Castilho*

28/02/2019 às 09:00

São Paulo, SP

Na função de treinador desde 1984, quando se aposentou das quatro linhas, e o mais velho que comandará um clube no Brasileiro Série A, aos 70 anos, Geninho ainda projeta seguir no futebol por mais algum tempo. A idade não é um fator que desestimula o comandante.

Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, o técnico destacou que, apesar de contrariado pela família, ainda não pensa em se aposentar do banco de reservas.

"Em termos de aposentadoria, pela minha família, já tinha parado uns 10 anos atrás (risos). Eles pedem todos os anos. Não sei até quando eu vou. Sei que estou mais perto de parar do que continuar, até pela idade. Mas é aquilo: o futebol é minha vida. Tudo o que eu tenho, foi o esporte que me deu. Não me arrependo de ter trocado um diploma pelo futebol. Eu vivo isso intensamente. O pessoal que me vê trabalhando fala que eu não aparento a idade que tenho", afirmou.




Nos últimos anos o comandante conseguiu grandes feitos. Além do bicampeonato Potiguar no comando do ABC, em 2016 e 2017, Geninho levou o Sport e o Avaí, duas vezes, para a elite do campeonato nacional. No comando da equipe de Natal também conseguiu o acesso à Série B do Brasileiro. Por conta da rotina desgastante, o treinador adotou uma política diferente nos últimos anos.

"Ás vezes, tenho me dado um tempo, aprendendo a falar “não” para alguns convites. Saí do ABC e me dei um tempo para recuperar as forças. Fiquei seis meses longe do futebol. Aceitei dirigir o Avaí por conhecer a estrutura, ambiente daqui", disse o técnico, campeão Brasileiro pelo Athletico em 2001.

Atualmente no Avaí, Geninho não pensa em parar tão cedo (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Outros treinadores consagrados do futebol brasileiro como Ricardo Gomes e Paulo Autuori se aventuraram na função de diretores de futebol. Atualmente no Avaí, o ex-goleiro não se vê fazendo algo a mais, além do comando técnico.

"Não me passa pela cabeça virar diretor. Me conheço bem: sou uma pessoa altamente exigente e que gosta das coisas certas, acho que iria me incomodar muito. Até penso que tenho condições de fazer o trabalho, conheço o futebol há 50 anos e para mim não existem segredos no esporte. Caso eu pare, prefiro ficar só assistindo, sem ocupar algum cargo em diretoria", concluiu Geninho.

*Especial para a Gazeta Esportiva

Conteúdo Patrocinado