Desde que o Corinthians deixou de ter o Paulo Machado de Carvalho como sua casa, o Pacaembu sente falta de partidas frequentes na noite paulistana. A saudade foi um pouco minimizada nesta quinta-feira, com direito a festa para arena nenhuma colocar defeito. O placar, porém, ficou no empate em um expressivo 7 a 7.
Em jogo beneficente promovido pelo GRAACC, várias personalidades do futebol animaram o público nas arquibancadas. O torcedor local certamente reconheceu as jogadas de Malcom, do Corinthians, Matheus Sales, do Palmeiras e Geuvânio e Renato, do Santos. Além dos nomes do trio de ferro, uma série de veteranos e ex-atletas resgatou o espírito saudosista do estádio em prol de uma boa causa.
Em sua sexta edição, o duelo solidário teve o objetivo de conscientizar o público sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer infantil, estatisticamente considerado como a principal causa de morte por doença no Brasil. No entanto, o prognóstico geral é de esperança, uma vez que as chances de cura são de até 70% em caso de diagnóstico precoce.
Com a bola rolando, o primeiro destaque foi justamente o atleta do Timão. Aos 18 anos e com a camisa 10 da equipe, Malcom desbancou os mais experientes com um belíssimo chute de fora da área, que acertou o ângulo do goleiro Cesar. Do outro lado, Dida brilhou ao impedir um gol de Iuri, ex-Botafogo e atualmente no futebol chinês. Pouco depois, porém, Daniel Costa garantiu o empate e animou a torcida de seu clube, o Santa Cruz.
Contudo, o jogador foi do céu ao inferno rapidamente ao cometer pênalti, permitindo o tento do ex-são paulino Amoroso. Tricampeão mundial pelo Tricolor em 2005 - e prestes a jogar a despedida de Rogério Ceni nesta sexta-feira -, o ex-atacante converteu a cobrança. O veterano ainda conseguiu fazer mais um, o terceiro do time rosa, antes que Daniel Costa descontasse mais uma vez.
Uma vez definido o triunfo, os craques tiveram um pequeno desconto, permitindo que a conta fosse ampliada pelos apresentadores Felipe Andreoli (duas vezes) e Marco Luque. Pouco depois do gol de Rodrigão, o conjunto azul ainda teve um pênalti a seu favor, mas Juninho Paulista precisou de três oportunidades para balançar a rede: conclusão na trave, para fora, e para o fundo do gol. A bola ainda atravessou a linha mais quatro vezes, como na penalidade bem cobrada por Geuvânio, determinando o placar em um divertido 7 a 7.
*especial para a Gazeta Esportiva
