Diretor médico do GP do Brasil revela novas medidas de segurança da F1 - Gazeta Esportiva
Diretor médico do GP do Brasil revela novas medidas de segurança da F1

Diretor médico do GP do Brasil revela novas medidas de segurança da F1

Gazeta Esportiva

Por Lucas Sarti*

27/06/2017 às 09:00

São Paulo, SP

A atual temporada da Fórmula 1 vem se mostrando uma das mais velozes e emocionantes dos últimos tempos. Os pilotos vêm quebrando diversos recordes nas pistas e trazendo cada vez mais competitividade à modalidade. Nesta segunda-feira, em evento realizado na capital de São Paulo, o diretor médico do Grande Prêmio do Brasil, Dino Altmann, revelou algumas medidas de segurança que a categoria pode adotar nos próximos anos.

O experiente diretor revelou a proposta de uma proteção para o cockpit, que visa a segurança da cabeça do piloto, e que está sendo estudada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O projeto foi batizado de shield, palavra da língua inglesa que pode ser traduzida livremente como "escudo".

"O projeto era para ser introduzido a partir de 2018, mas, por uma série de razões, ele não foi considerado a melhor das opções, principalmente na parte estética. Foi pensada, então, uma solução intermediária, de 1 a 5 quilos e que suportaria até 10 mil joules, 2.000% a mais do que podem oferecer os atuais capacetes. Por enquanto, tem o nome de shield", afirmou Altmann em apresentação.

Altmann apresentou as novidades em evento na última segunda (Foto: Lucas Sarti/Gazeta Esportiva)


Quando questionado sobre a opinião dos pilotos sobre as possíveis mudanças, Altmann explicou que existe um 'conflito de ideias' entre os profissionais. E ainda lembrou do acidente que envolveu Felipe Massa, em julho de 2009. Na disputa do GP da Hungria, uma mola acabou se chocando com o capacete do piloto brasileiro.

Além do projeto de proteção aos pilotos, Altmann também trouxe em sua apresentação o mecanismo da empresa Toyota que leva o nome de Thums. O software simula ferimentos em pilotos causados por acidentes de Fórmula 1. O mecanismo apresenta dados mais concisos e precisos dos que a organização possui atualmente.

"Este modelo é uma grande esperança na área de medicina do automobilismo, afim de previr e evitar novas lesões. O modelo possui toda a programação da estrutura do corpo humano, e podem mimetizar lesões que ocorrem em acidentes reais. Você alimenta o computador com dados de acidentes reais, e a Toyota irá trabalhar para entender melhor como o acidente ocorreu e como poderia ter sido previsto", afirmou Altmann. "Esses manequins de hoje em dia não conseguem ter a mesma estrutura óssea", completou o diretor.

* Especial para a Gazeta Esportiva

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