Autor do segundo gol da vitória do Corinthians sobre o Bahia, por 3 a 0, neste domingo, o zagueiro Fabián Balbuena deixou o gramado de Itaquera sem dar a certeza de jogar ali até o final do ano. O paraguaio é um dos jogadores mais cobiçados do elenco chefiado por Fábio Carille – já recebeu proposta do Genoa, da Itália, recusada pela diretoria.
“Não depende de mim. O futuro é incerto. A gente não sabe o que poderá acontecer amanhã”, admitiu Balbuena, com contrato com o Corinthians válido até o final de 2018, antes de recobrar o discurso contido. “Mas, hoje, a minha cabeça está no Corinthians. Quero seguir trabalhando.”
Vindo do Libertad, do seu país, no ano passado, Balbuena se firmou ao lado de Pablo (outro com “futuro incerto”, já que está emprestado pelo francês Bordeaux) na atual temporada. Com a dupla, a defesa corintiana resgatou a confiabilidade de outros tempos. “Isso é mérito de todo o time. Quem entra está sempre ligado. Hoje, conseguimos uma vitória importante para continuar em frente”, comentou.
Diante do Bahia, Balbuena não colaborou apenas defensivamente. O zagueiro entrou no gol com bola e tudo após uma sobra em cobrança de escanteio. Na comemoração, fez o sinal de continência com o qual a torcida corintiana já começa a ficar habituada.
“A continência é um sinal de respeito. Quando fiz o meu primeiro gol, saiu como um cumprimento para a torcida. Depois disso, me senti identificado. O pessoal falava sobre isso nas ruas, no shopping. Ficou. Mas o mais importante é o rendimento do time, manter os pés no chão”, priorizou Balbuena.
Alheio
Ao saber da declaração de Balbuena, o técnico Fábio Carille repetiu o discurso de que gostaria de manter todo o seu elenco até o término do Campeonato Brasileiro, com a ciência de se tratar de uma missão difícil e de incumbência da diretoria.
“Não converso com os atletas sobre isso. Sair ou não é algo muito pessoal. São oportunidades que aparecem nas carreiras de cada um. A diretoria cuidará disso com o empresário do Balbuena”, afirmou o comandante do Corinthians.
