Zagueiro do São Paulo, Ferraresi diz que foi agredido pela polícia em jogo da Venezuela - Gazeta Esportiva
Zagueiro do São Paulo, Ferraresi diz que foi agredido pela polícia em jogo da Venezuela

Zagueiro do São Paulo, Ferraresi diz que foi agredido pela polícia em jogo da Venezuela

Gazeta Esportiva

Por AFP

22/11/2023 às 12:41 • Atualizado: 22/11/2023 às 19:52

São Paulo, SP

O zagueiro venezuelano Nahuel Ferraresi, do São Paulo, denunciou que foi agredido por policiais que trabalhavam na segurança do Estádio Nacional de Lima, onde Peru e Venezuela empataram em 1 a 1 na terça-feira (21), pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

"Eles me bateram duas vezes", disse Ferraresi, enquanto mostrava curativos em sua mão direita.

"São coisas que não deveriam acontecer. O jogo acabou e fomos agradecer à torcida da Venezuela [nas arquibancadas]. Salomón Rondón foi dar sua camisa e eu fui atrás dele, quando fui tirar a minha para dar às pessoas, a polícia me parou", declarou o zagueiro ao canal oficial da Federação Venezuelana de Futebol (FVF).



"Teve um homem da polícia que me abordou direito, mas depois os outros se exaltaram, não sei o que aconteceu, e usaram os cassetetes para nos bater. Eles me bateram duas vezes. Chegaram a bater duas vezes e me machucaram um pouco [dois dedos da mão], mas não foi grave", acrescentou.

Vídeos do confronto entre policiais e vários jogadores venezuelanos que tentavam chegar a um grupo de torcedores nas arquibancadas viralizaram nas redes sociais.

A FVF condenou os "atos de discriminação e xenofobia sofridos por nossa equipe, comissão técnica e torcida".

"É muito grave que um dos nossos jogadores tenha sido ferido por um funcionário ao se aproximar dos nossos torcedores para entregar uma camisa, um ato que é absolutamente normal e comum em qualquer jogo de futebol e que não deveria suscitar uma ação policial como a que o nosso jogador sofreu", acrescentou a federação.

Sem fazer referência direta a este caso ou aos incidentes que ocorreram no Maracanã antes do clássico entre Brasil e Argentina, a Conmebol ressaltou em comunicado que "a decisão de abrir uma investigação e a aplicação de possíveis punições" são "poderes exclusivos" da Fifa.

A entidade sul-americana, no entanto, declarou que "condena todas as formas de violência e sempre vai cooperar com ações que visem banir a violência, o racismo, a xenofobia e a discriminação".

Conteúdo Patrocinado