A súmula do empate por 2 a 2 entre São Paulo e Flamengo, disputado neste domingo, mostra que o juiz Elmo Alves Resende Cunha expulsou Calleri após uma reincidência "em reclamar contra a arbitragem", com o "dedo em riste". Cunha escreveu no relato que o atacante alegou perseguição por conta de sua nacionalidade. "Está de marcação comigo, c...! Só porque sou argentino? Essa arbitragem é uma vergonha", disse o atleta, de acordo com o juiz.
Calleri levou o segundo cartão amarelo aos 22 minutos do segundo tempo, segundo a súmula. Ele havia levado a primeira advertência dois minutos antes de receber o vermelho.
Caso receba uma denúncia contra o jogador, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) poderá julgá-lo com base no artigo 258, que prevê penas para quem desrespeitar os membros da equipe de arbitragem. Se for punido, Calleri corre o risco de ser suspenso por até seis jogos.
Após a partida, o técnico Edgardo Bauza procurou não condenar as atitudes do atacante argentino. Ele, no entanto, admitiu que precisa ter uma conversa com Calleri para que seu comportamento explosivo não volte a atrapalhá-lo nesta temporada.
“Ele não é perseguido. Tem que falar menos, mas é difícil quando você está dentro de campo e joga numa posição em que sempre é empurrado pelos zagueiros. Os árbitros estão lá para isso, eles devem observar tudo. Calleri não deve falar muito, mas eu entendo, porque foi uma partida difícil e de muita intensidade”, afirmou o Patón. "Falaremos com ele sobre a expulsão, assim nós trataremos que sua juventude não o leve a falar tanto com o árbitro", concluiu.
